A Secretaria de Estado de Saúde, por meio de assessoria de imprensa, confirmou que as regularizações dos pagamentos (referente a março) de todos os profissionais de saúde que atuam no Hospital Regional de Colíder estão sendo feitos. “Na sexta-feira fizemos os pagamentos para os eletivos, hoje é para os médicos e amanhã para os prestadores de serviços”, informou assessoria. A secretaria ainda teria pedido para que os atendimentos na unidade fossem regularizados, apontando que a falta de materiais também deve ser regularizada nos próximos dias.
No entanto, a presidente da comissão multidisciplinar da unidade, Adriana Arantes, confirmou que os atendimentos só serão normalizados após o governo do Estado dar plenas condições de trabalho. “A propaganda que fazem é que pagaram, mas não é verídico, algumas pessoas ainda não receberam, fora a falta de medicações, equipamentos, que eles [secretaria] não tão pagando aos fornecedores. Enquanto não der condições de trabalho, não vamos encerrar a greve”, enfatizou, ao Só Notícias. Apenas urgência/emergência ocorre atualmente, com 30% da capacidade.
A greve, conforme Só Notícias informou, iniciou na quinta-feira (3). Nesta manhã, o fisioterapeuta Willian Moraes confirmou a falta soro fisiológico, agulhas e seringas específicas. A “crise” na unidade foi anunciada no início do mês passado, quando os trabalhadores do hospital suspenderam os atendimentos ambulatórias, cirurgias e exames e fizeram apenas os procedimentos considerados básicos como forma de cobrar os pagamentos referentes a fevereiro e março. Na ocasião, a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Saúde afirmou que o pagamento de fevereiro já havia sido feito e de março deveria ser regularizado em breve.
No dia 13 de abril, o governo do Estado publicou o cancelamento do contrato com o Instituto Social Fibra – assinado em janeiro – alegando que a organização não teria cumprido cláusulas estabelecidas no documento. Em seguida, o Instituto Pernambucano de Assistência em Saúde (IPAS) foi contratado em caráter emergencial e temporário, para assumir a gestão da unidade. Duas passeatas já foram realizadas em forma de protesto. A primeira no dia 27 de abril, antes da greve e, a última, no sábado.