domingo, 12/maio/2024
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Centro atende mais de 30 pacientes por mês que já tentaram autoextermínio em Sinop

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fonte: Só Notícias/Cleber Romero (foto: Só Notícias/arquivo)

O Centro de Atenção Psicossocial de Sinop (CAPS) atende, em média, 34 pessoas por mês, que já tentaram o autoextermínio (suicídio). De acordo com a coordenadora e psicóloga, Amanda Machado Maciel, a maioria dos pacientes em tratamento é jovens e com ensino superior. “A classe acadêmica é a mais atingida. Normalmente, a pressão com a faculdade, no trabalho e a falta de vida social, por exemplo, levam essas pessoas a cometerem o autoextermínio. O número é assustador”.

Ainda segundo a coordenadora, o número de pessoas encaminhadas para tratamento com algum tipo de problema psicológico aumentou últimos anos. “Essas pessoas mesmo em tratamento tentam o autoextermínio. As que seguem com o tratamento conseguem se recuperar. Já aquelas que desistem nós não temos registros. Esse número deve ser ainda maior. Muitas pessoas sofrem sem procurar tratamento”, acrescentou.

Segundo análise do psicólogo e mestrando em antropologia, Eduardo Wagner, o suicídio já faz parte das 10 principais causas de morte no mundo. “Isso coloca um desafio importante para saúde pública, que é a prevenção para evitar que essas pessoas cheguem nesse fim. Tem que existir um aconselhamento familiar para que essas pessoas fiquem mais atentas”.

Wagner apontou ainda que pessoas com depressão precisam ser ouvidas. “É importante que em casa e com os amigos essa pessoa seja ouvida e inserida em ambientes religiosos e na comunidade, por exemplo. Lugares onde se sinta acolhida. É importante uma vida social. O suicídio envolve muitas coisas que precisam ser analisadas. O acesso ao serviços público de saúde mental também é importante quando identificado que algo errado esteja ocorrendo. Precisa ser analisado”.

Ainda de acordo com o profissional, também é necessário identificar os fatores de risco. “Um deles é o baixo nível econômico que impossibilita o acesso ao tratamento. Problemas de falta de apoio, aceitação na família e ambiente sem acolhimento. Perdas significativas como do emprego, de pessoas muito próximas e algumas perturbações mentais. Normalmente, quando falamos de suicídio se relaciona com problemas de depressão. Porém, pode ocorrer com pessoas com outros tipos de transtornos”.

Ele explicou que a mudança nos sintomas de humor também serve como alerta para família. “A súbita melhora de humor após um longo período de depressão é uma forma acentuada, mas algo pensado para deixar as pessoas mais próximas tranquilas. Isso serve de alerta para o risco de suicídio. Por isso, é importante que essas pessoas procurem um psicólogo. Juntos os dois vão encontrar a melhor maneira de trabalhar esse sentimento. É um assunto muito sério e precisa de uma ajuda profissional”.

‘Setembro Amarelo’ é uma das campanhas que aborda a prevenção ao suicídio. Segundo o Centro de Valorização da Vida (CVC), a cada 45 minutos uma pessoa tira a própria vida no Brasil. A taxa de mortalidade é superior a muitos tipos de câncer. O centro oferece atendimento gratuito e sigiloso através do telefone 188.

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