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Casal de araras é flagrado ‘namorando’ em palmeira no centro de Sinop; 22 ninhos estão catalogados

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Só Notícias/Luan Cordeiro (fotos: Só Notícias/Guilherme Araújo)

Em um momento ‘meigo’ e ‘apaixonado’, as araras-canindé foram flagradas pelo fotógrafo de Só Notícias, Guilherme Araújo, no tronco de uma palmeira, na avenida Júlio Campos, na entrada de Sinop. O casal parecia trocar carinhos e muito amor, enquanto observava o movimento intenso de carros, motos e outros veículos na via.

De acordo com a professora da Universidade Federal Mato Grosso e médica veterinária, Elaine Dione Venega a UFMT vem fazendo acompanhamento de ninhos nas áreas urbanas e, atualmente, 22 estão catalogados. “Monitoramos sete ninhos ativamente. O professor Rafael Arruda atua no monitoramento, com os alunos de iniciação científica e eu na parte de resgate, quando necessário”, destacou.

Além disso, segundo a professora, o período atual marca o início das saídas de ninho por parte dos filhotes e primeiros voos. “O trabalho que temos nesse período da saída dos filhotes é basicamente isso, acompanhar para dar suporte e evitar traumas. A população passou a cuidar mais, participar mais, com isso os animais chegam menos para nós”, salientou.

Já o começo do processo de nidificação acontece entre agosto e setembro. “Se dá com o casal, eles voltam pro ninho e começam a preparar. É o início do período reprodutivo, quando ocorre a cópula e a postura dos ovos, sendo geralmente um ou dois. Em seguida tem o período da incubação que vai ficar mais ou menos em torno de 35 dias”, explicou.

O próximo passo, segundo a professora, é a eclosão. “Começa o cuidado com os filhotes, que é parental, entre o macho e a fêmea. Eles recebem os cuidados, são chamados de filhotes altriciais, porque nascem de olhinhos fechados, sem penas, então são bem dependentes dos cuidados dos pais. Aqui temos aqui um período reprodutivo um pouco mais largo e temos filhotes saindo até fevereiro”, pontuou.

Ainda segundo Venega, o período maior está relacionado a falta de alimentos. “Então os pais têm que se deslocar mais para conseguir se alimentar e fazer a alimentação dos filhotes, e isso demora mais tempo”, detalhou.

Por fim, a professora ainda reforçou que “a posse de animal silvestre é crime, porque pegam, cortam asas. É importante evitar os maus tratos, e a posse de animais. Precisamos caminhar para um ambiente menos hostil para os animais em ambiente urbano, trazer a arborização, plantas frutíferas, ajuda bastante na qualidade desses ninhos e aves”, completou.

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