sexta-feira, 19/abril/2024
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Cartório faz primeira mudança de nome de mulher trans em Sinop

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Só Notícias/David Murba (foto: divulgação)

A modelo Luiza Spezia Bauermann, de 23 anos, é a primeira mulher trans a conseguir fazer a mudança de nome e gênero em cartório sinopense. Todo o processo durou, em média, três semanas e foi intermediado pela Defensoria Pública de Várzea Grande. O primeiro registrado a ser retificado na capital do Nortão foi em 2019, de um homem trans e mais dois estão em processo de transição.

Luiza contou, ao Só Notícias, que quando tomou a decisão de fazer a retificação em seus documentos, fez diversas pesquisas e foi aos órgãos responsáveis para saber os passos necessários para providenciar a mudança. “Eu fui no cartório e eles passaram uma folha com todos os dados que eu precisava para a retificação. Era muita coisa, como trabalhava não tinha tempo. Um dia me ligaram (defensoria) e perguntaram, claro eu tinha certeza, já estava vivendo como mulher há muito tempo. Pediram todos os dados e foram atrás. Em menos de um mês já estava tudo pronto”.

A modelo contou que teve “um processo de aceitação, desde criança eu sempre soube, porém, tinha dúvidas porque não sabia se realmente existia, se acontecia. Ninguém tem informação tão fácil, principalmente sobre esse assunto. Você vai mudar seu gênero, vai ser a pessoa oposta de você, então é muito complicado. Mas eu me apaixonei pelo universo feminino e todas as coisas. Mas eu fui perceber um pouco depois, porque no começo não queria aceitar. Sabia que tinha alguma coisa de errado, me sentia diferente, porém, não queria aceitar e ficava lutando contra. Mas comecei a me aceitar e me afastar de bastante gente para ser uma nova pessoa”.

Todo o processo de Luiza foi intermediado pela defensora dos direitos LGBTI+, Rafaela Rosa Crispim que explicou que em muitos casos o processo é de extrema morosidade pela falta de informação e a dificuldade encontrada para conseguir documentos necessários junto aos cartórios. “A Luiza não nasceu no Brasil (foi no Paraguai) e foi nacionalizada, então foi registrada em um cartório que não era da comarca de Sinop, então tivemos que entrar em contato com um cartório onde infelizmente foi muito demorado, que não mostrava boa vontade, tivemos que mandar inúmeros ofícios enfatizando leis. Foi bem burocrático neste sentido. Na junção de documentos foi mais fácil, então a situação foi bem mais rápida também pela pessoa de Sinop que foi muito gentil”, concluiu.

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