Os nove carteiros que trabalham na agência dos Correios do município aderiram à paralisação da categoria, após assembleia, ontem à noite. O representante do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Correios, Telégrafos e Servidores Postais (Sintect-MT), Elizeu Barbosa da Silva, explicou, ao Só Notícias, que correspondências, documentos ou encomendas não estão sendo entregues. Além disso, dos cinco atendentes, apenas três continuam trabalhando, mais o gerente, um tesoureiro e um supervisor. A tendência, segundo Elizeu, é de que os outros três atendentes também parem as atividades nos próximos dias.
Ontem, também houve assembleia entre os profissionais de Sorriso. No entanto, segundo o sindicalista, haverá outra hoje para que eles possam tomar uma decisão se irão aderir ou não ao movimento. Em Sinop, a situação ainda é a mesma. A entrega de correspondências segue suspensa. Elas só estão sendo realizadas quando envolvem encomendas ou documentos que são enviados com certa “urgência”. Dos atuais 20 carteiros que atendem nas duas agências da empresa, apenas cinco continuam trabalhando. Já o atendimento nos dois locais continua normalmente.
Em todo o Estado, cerca de 120 mil cartas podem sofrer atraso na entrega em função da greve, que é nacional. Além de Mato Grosso, houve paralisação na Bahia, em Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Piauí, Amazonas, Paraná, Ceará, Santa Catarina, Pernambuco, Paraíba, Vale do Paraíba, Campinas e São José do Rio Preto. A mobilização completa, hoje, cinco dias e tem recebido a adesão de várias cidades do interior de Mato Grosso.
Entre as reivindicações da categoria, estão o pagamento dos passivos do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS), relativos ao ano de 1995 e a não privatização do plano de saúde. Além disso, pedem mais segurança nas agências e que a entrega de cartas seja apenas no período da manhã.
Através de nota, a empresa tem informado que não haverá mudança alguma no atual plano de saúde dos trabalhadores. "Nenhuma mensalidade será cobrada, os dependentes regularmente cadastrados serão mantidos e o plano de saúde não será privatizado. Todas as condições vigentes do CorreiosSaúde serão mantidas, os percentuais de co-participação não serão alterados e os trabalhadores dos Correios não terão custos adicionais". Não houve esclarecimento, portanto, quanto às demais reivindicações.