quinta-feira, 25/abril/2024
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Cardeal espanhol comandará Vaticano até escolha de novo Papa

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Quando um papa morre, o governo provisório da Igreja católica passa para as mãos do cardeal camerlengo, cargo que ocupado atualmente pelo espanhol Eduardo Martínez Somalo, nascido em Baños de Río Tobias, em La Rioja, em 31 de março de 1927.

Os rituais que envolvem a morte do Papa
O cardeal camerlengo é quem se encarrega da administração dos bens e dos direitos temporários da Santa Sé ajudado por três cardeais presentes.

Também é ele o encarregado – depois de informado pelo Prefeito da Casa Pontifícia – de confirmar a morte do papa, de assinar a ata da morte, fechar o apartamento do pontífice e tomar posse do Palácio Apostólico Vaticano e dos palácios Lateranense e de Castel Gandolfo.

Além disso, cabe a ele estabelecer, em acordo com os outros cardeais, o tipo de funeral do papa, se ele não deixar ordens diretas.

A Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis contempla que enquanto a Sede Apostólica estiver vaga, o colégio de cardeais não tem nenhum poder ou jurisdição sobre as questões que correspondem ao papa.

Também indica que as leis existentes não podem ser corrigidas ou modificadas e que corresponde aos cardeais apenas tomar decisões urgentes como estabelecer o dia, a hora e a maneira como o cadáver será transportado para a basílica de São Pedro e preparar os ritos fúnebres.

Quando o Papa morre deixam temporariamente seus cargos todos os chefes dos conselhos pontifícios, inclusive o secretário de Estado.

Só permanecem o camerlengo, o penitenciário maior e o vigário para Roma.

O camerlengo é o “primus interpares” dos três. Além de comprovar oficialmente a morte do papa, fechará o quarto do Pontífice, dispondo que os funcionários que vivem no apartamento possam continuar lá até o sepultamento do papa, momento no qual todo o apartamento deve ficar vazio e fechado.

Eduardo Martínez Somalo é licenciado em Teologia e Direito Canônico pela Universidade Pontifícia Gregoriana de Roma e doutor em Direito Canônico, pelo Ateneu Pontifício de Latrão.

Foi ordenado sacerdote em Roma em 19 de março de 1950. Entrou no serviço diplomático da Santa Sé, sendo responsável pela Seção Espanhola da Secretaria de Estado, emissário apostólico na Colômbia, substituto da Secretaria de Estado (o “número três” do Vaticano).

Em maio de 1988, Martínez Somalo deixou o cargo de substituto na Secretaria de Estado do Vaticano, onde foi substituído pelo arcebispo australiano Edward Cassidy e um mês depois foi nomeado cardeal (28 de junho de 1988) com mais 23.

Pouco depois foi nomeado prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.

Em 21 de janeiro de 1992 foi nomeado por João Paulo II prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e para as Sociedades de Vida Apostólica.

Em 5 de abril de 1993 foi nomeado por João Paulo II camerlengo da Igreja Católica em substituição do cardeal Sebastiano Baggio, morto quinze dias antes.

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