
Baitaca disse que este manifesto dos caminhoneiros não tem caráter político, mas que irão aproveitar o ato nacional contra a presidente da República, Dilma Rousseff, para protestar contra o que foi prometido e até mesmo acordado com o governo federal, mas que até o momento não saiu do papel. “Vamos fazer nosso movimento em favor da categoria e vamos mostrar que somos contra a corrupção”.
O empresário disse que boa parte das reivindicações dos caminhoneiros, que realizaram inúmeros protestos entre fevereiro e abril, não foram cumpridos. Houve conversas com o setor e promessas de que medidas seriam estudadas, porém, pouca coisa mudou. Ele cita como exemplo a prorrogação dos financiamentos dos veículos, que já para estar em vigor. “Os bancos não aderiram e o governo nada fez. Até o final do ano, mais de 50% dos caminhões estarão em poder dos bancos e vários trabalhadores desempregados”.
Para o empresário, se não há a possibilidade de aumentar o valor do frete, que impactaria na inflação, o governo poderia desonerar o PIS e o Cofins cobrados sobre o óleo dieses. “O Congresso aprovou esta medida, mas a Dilma vetou. Esperamos que o Congresso derrube este veto”.
Os caminhoneiros realizaram protestos por diversos dias entre fevereiro a abril. Os veículos com cargas eram obrigados a parar em vários pontos da rodovia federal, entre Rondonópolis até Sinop. Devido a isso, vários municípios do Nortão ficaram sem produtos como combustíveis, gás, água e entre outros.
O manifesto só terminou quando o governo federal aceitou negociar a pauta de reivindicações dos motoristas.


