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Caminhoneiros de Mato Grosso voltam a ficar parados em atoleiros na BR-163 no Pará

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Ao menos mil caminhões e carretas voltaram a ficar parados em um trecho sem asfalto da rodovia federal, em Novo Progresso, no Pará (596 quilômetros de Sinop). O caminhoneiro e morador de Guarantã do Norte, João Carlos Miranda disse, ao Só Notícias, que estão enfileirados e impedidos de trafegar desde a última quarta-feira.

“Ficamos parados 50 quilômetros antes do Moraes Almeida. Agora, estamos parados na saída do mesmo município. O Exército fechou (rodovia) ontem depois do almoço e não abriu até agora. Ao invés de usar as máquinas para arrumar a pista, eles usam para bloquear a passagem dos caminhões. São apenas 8 quilômetros depois de Moraes Almeida que está intransitável nesse momento. Tiveram vários dias de estiagem, mais não arrumaram. Agora choveu eles fecharam. Nós motoristas é que pagamos o preço”.

A assessoria do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou, que o tempo está instável em toda a extensão da rodovia esta manhã.  Em Novo Progresso o tempo também está chuvoso e com trafegabilidade normal. Já em Moraes Almeida, devido às chuvas constantes dos últimos dias, o tráfego está bloqueado no sentido Sinop, com tempo de retenção de aproximadamente 17 horas. No sentido sul, o tráfego está liberado, porém um pouco lento, devido à dificuldade da subida dos caminhões.

Ainda de acordo com o DNIT, mais de 220 homens, incluindo agentes de trânsito, servidores, colaboradores do órgão, efetivo do Exército e agentes da PRF foram mobilizados desde dezembro do ano passado para garantir a trafegabilidade no trecho não asfaltado da BR-163 no Pará, durante o período de chuvas, conhecido como inverno amazônico. A inspeção diária da rodovia, visando uma atuação preventiva ou emergencial, faz parte do conjunto de medidas definidas pelo DNIT para esta operação.

A maior parte da BR-163 está pavimentada desde Mato Grosso até o Pará, restando poucos trechos em obras. Dos 710 quilômetros da BR-163 localizados entre a divisa com Mato Grosso até a entrada para o Porto de Miritituba, 620 quilômetros já foram pavimentados pelo DNIT, com investimento de R$ 1,37 bilhão do governo federal. Os pouco mais de 90 quilômetros a serem asfaltados estão divididos em dois lotes de obras que estão em andamento.

Conforme Só Notícias já informou, em janeiro deste ano, os caminhoneiros começaram a ficar sem água para beber e preparar a alimentação. Eles ficaram parados com carretas e caminhões carregados por mais de uma semana, em um trecho sem asfalto, de pelo menos 50 quilômetros na rodovia federal, nas proximidades da comunidade Riozinho, cerca de 22 quilômetros de Morais Almeida. Os atoleiros prejudicam o transporte de grãos entre o Mato Grosso até o porto de Miritituba (PA).

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