O governador Blairo Maggi deixou, neste domingo à noite, o Centro de Eventos do Pantanal, local da apuração e totalização dos votos, da mesma forma que entrou: sabendo que estava eleito. Foi lá mesmo apenas para fazer as chamadas “honras da casa” e confirmar aqueles que vão estar na Assembléia Legislativa e Câmara dos Deputados. Com mais de 920 mil votos, Maggi aplicou uma retumbante “goleada” sobre seu principal adversário, Antero de Barros, do PSDB ( 279 mil votos) e na candidata do PT, senadora Serys Slhessarenko (159 mil votos). Conseguiu quase tudo o que queria nas urnas e reduziu a oposição em algo quase que imperceptível: quatro deputados estaduais e dois deputados federais.
O poderio governista foi ampliado. No Senado Federal, por exemplo, Maggi agora passará a contar com duas cadeiras a seu favor: já está lá Jonas Pinheiro e deve chegar no começo do ano, no lugar de Antero de Barros, o ex-governador Jaime Campos. Na oposição apenas Serys, derrotada nestas eleições. Na Câmara dos Deputados, Maggi já tinha quase todos os aliados – exceção era apenas Carlos Abicalil e Thelma de Oliveira. As duas vozes oposicionistas continuam. A diferença agora é que a coligação governista elegeu pessoas bem mais próximas do governador.
Na Assembléia Legislativa, apenas quatro deputados deverão ficar na oposição: a tucana Chica Nunes e os petistas Saguas Moraes e Ademir Brunetto.
Apesar dessa maioria absoluta, Maggi tem dois problemas para resolver. Um, de imediato, a escolha do candidato a presidente da República que irá apoiar. Maggi já flertou com Geraldo Alckmin e acabou fechando uma pretensa neutralidade com Lula. O presidente, em função dos escândalos envolvendo o seu partido, o PT, corre o risco de acabar perdendo a eleição. O outro problema é quanto a formação do seu novo secretariado, agora sob novas bases. Há ainda um terceiro problema, talvez, o pior de todos: conter seus aliados e evitar eventuais insatisfações. A base é grande e precisará ser muito bem administrada.