A festa do São Bom Jesus da Lapa, em Alto Coité, município de Poxoréo, foi encerrada ontem (06) em clima de fé e emoção. Cerca de 4 mil romeiros, dentre eles o candidato a governador de Mato Grosso, Bento Porto (PSC), que nasceu naquele distrito, percorreram oito quilômetros em procissão acompanhando a imagem de Cristo crucificado. Trata-se de uma festa criada na década de 30 e trazida à Poxoréo pelo povo baiano.
Vestindo roupas brancas, carregando velas acesas e de pés descalços, os devotos pagaram suas promessas, agradecendo as graças recebidas do Bom Jesus. “Esta é a mais pura manifestação religiosa e cultural tão presente no dia-a-dia do povo mato-grossense”, disse Bento Porto ao lado dos conterrâneos que reencontrou durante a procissão, a exemplo do comerciante Manoel de Almeida e do senhor Antônio Redondo.
Porto fez questão de destacar a sua preocupação com o resgate das tradições folclóricas e culturais de Mato Grosso, informando que está buscando ajuda de artistas regionais para elaborar o seu plano de governo. “A prioridade das prioridades no meu governo será a Educação em cujo projeto iremos incluir ações voltadas para o setor cultural”, avisou o candidato, árduo defensor das cores do estado.
Bento foi à procissão acompanhado de sua mãe, Ernestina Souza Porto, dona Tinô, que o viu crescer pelas estreitas ruas de Alto Coité, onde vendia leite quando criança, até que deixou Poxoréo para estudar em Minas Gerais. “Cada poste de energia destes foi adquirido quando eu era secretário de Planejamento do governo Garcia Neto”, contou Bento Porto, garantindo que a determinação de governar Mato Grosso é a mesma que teve quando saiu de Alto Coité, filho de garimpeiro, para enfrentar as dificuldades de uma cidade grande e garantir o nível superior.
Porto lamentou as precárias condições da infra-estrutura de Alto Coité. “Eleito governador vou recuperar as áreas degradadas e restabelecer, depois realizadas pesquisas minerais, o funcionamento da mineração e dos garimpos não somente em Poxoréo como em todo estado de Mato Grosso. “É uma tristeza tanta gente desempregada num estado com solo rico e tantos geólogos e engenheiros de minas que poderiam dar assistência técnica para essa atividade”, analisou.
Há trinta e seis anos Bento Porto retornou a Mato Grosso, já engenheiro agrônomo. E não demorou muito para entrar para a vida pública, emprestando a sua competência e dedicação ao estado. Foi diretor da Codemat e participou do processo de colonização da região de Aripuanã, tendo como conseqüência a viabilização do projeto de construção do Centro Político e Administrativo (CPA), do Verdão e da rodovia Transpantaneira.
Em outubro próximo Bento Porto enfrenta as urnas convicto de que o povo mato-grossense vai votar em quem tem serviços prestados ao estado e nenhuma dificuldade de enfrentar de cabeça erguida o povo mato-grossense por seu passado limpo e postura ética.