Um dos sócios da boate Kiss, Mauro Hoffmann, teve uma conta bancária com R$ 500 mil e cinco imóveis bloqueados pela Justiça. Segundo a Defensoria Pública do Rio Grande do Sul, que pediu o bloqueio, os dados que chegaram à Defensoria não apontam nenhum patrimônio em nome de Elissandro Spohr, o outro sócio da casa noturna, e nem de Ângela Aurélia Callegaro e Marlene Terezinha Callegaro, irmã e mãe de Kiko, que aparecem como proprietárias nos papéis da Kiss.
Os defensores estão apurando a possibilidade de existirem outros bens em nome dos quatro.
A ação foi ajuizada pela Defensoria no dia 28 de janeiro, um dia após a tragédia que vitimou 238 pessoas, e é uma preparação para uma futura ação indenizatória por parte das famílias das vítimas.
Como aconteceu
O incêndio na boate Kiss, no centro de Santa Maria, começou entre 2h e 3h da madrugada de domingo, dia 27 de janeiro, quando a banda Gurizada Fandangueira, uma das atrações da noite, teria usado efeitos pirotécnicos durante a apresentação. O fogo teria iniciado na espuma do isolamento acústico, no teto da casa noturna.
Sem conseguir sair do estabelecimento, pelo menos 238 jovens morreram e mais de 100 ficaram feridos.
A tragédia, que teve repercussão internacional, é considerada a maior da história do Rio Grande do Sul e o maior número de mortos nos últimos 50 anos no Brasil.