Doze Estados, além do Distrito Federal, registraram ontem índices de umidade relativa do ar abaixo dos 30%, considerados preocupantes pela OMS (Organização Mundial de Saúde). São eles AC, CE, GO, MA, MG, MS, MT, PA, PR, RO, SP e TO.
Segundo dados do Cptec/Inpe (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), 20% das cidades (22 das 106) onde é feita medição da umidade por radiossondagem nos aeroportos ficaram com índice abaixo do limite desejável.
O índice mais baixo auferido pela Rede de Meteorologia do Comando da Aeronáutica foi registrado em Barra do Garças (MT), que teve 19%. Mato Grosso teve outras duas cidades na faixa crítica: Alta Floresta e Cuiabá, com 21%. A segunda marca mais baixa do dia ficou com Palmas (TO): 20%.
Segundo o superintendente do Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá, Wagner Marcondes, o número de pacientes com patologias respiratórias aumenta neste período. “As queimadas ajudam a piorar o quadro, já que aumentam a fuligem no ar.”
Ele diz que um vaporizador no quarto ou mesmo uma bacia com água podem minimizar o impacto do tempo seco. “Uma colher de mel duas vezes ao dia também funciona.”
Anteontem, a Secretaria Nacional de Defesa Civil emitiu alerta aos Estados em razão da presença de uma massa de ar seco sobre parte do Brasil. Segundo o órgão, o objetivo é “evitar a perda de vidas, danos ao patrimônio e ao meio ambiente e também incentivar a adoção de medidas preventivas pela população, governos estaduais e municipais”.
A secretaria desaconselha atividades ao ar livre e exposição ao sol entre 10h e 17h e recomenda a ingestão de líqüidos para evitar desidratação.