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Aumenta 46% morte de mulheres em acidentes de trânsito em MT

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O número de óbitos em acidentes de trânsito envolvendo mulheres aumentou 46% em Mato Grosso. De acordo com os dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS), enquanto em 2006, 139 mulheres foram vítimas fatais em ocorrências de trânsito, em 2010, o número saltou para 203 casos. Se considerar apenas ocorrências envolvendo motociclistas do sexo feminino, o número é ainda maior. Durante o período analisado estes acidentes aumentaram 87,5%, passando de 24 fatos em 2006, para 45 fatalidades em 2010.

Ainda em relação aos dados, se considerar os números envolvendo mortes em contexto geral, ou seja, ocorrências com pessoas dos sexos masculino e feminino, entre 2006 e 2010 o aumento foi de 35%, já que os números saltaram de 819 mortes para 1.111 envolvendo transportes. No que se diz respeito aos números de ocorrências apenas do sexo masculino, este aumentou 33,5% durante o período analisado. Enquanto em 2006, 680 homens foram vítimas em acidentes, em 2010 a estatística aumentou para 908 ocorrências.

Dos municípios que mais registraram óbitos envolvendo transportes, Cuiabá, Rondonópolis e Várzea Grande são os que compõem as primeiras posições no ranking. A Capital, entre 2006 e 2010, aumentou as estatísticas em 36%, passando de 141 casos para 192 mortes. Em Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá) os dados subiram 15% e, em Várzea Grande, as ocor- rências mantiveram a média entre 74 e 75 acidentes durante os 4 anos analisados.

Segundo o presidente do Sindicato dos Centros de Formação de Condutores de Mato Grosso, Djalma Nogueira de Souza, de cada 100 pessoas que iniciam procedimento para aquisição da carteira de habilitação, 65% são mulheres. “Este número cresceu nos úl- timos anos, principalmente em relação à facilidade de adquirir motocicletas”.

Souzainformaaindaqueaindependênciaea presença das mulheres no mercado de trabalho também colaboraram para que o número de pessoas do se- xo feminino no trânsito aumentasse. “São mulheres que trabalham fora de casa e precisam se deslocar com facilidade”.

O comandante do Batalhão de Trânsito Urbano e Rodoviário de Mato Grosso, coronel Wilson Batista, também destaca a independência da mulher como um dos fatores para o aumento de meios de transporte em circulação. Segundo ele, as prin cipais causas das ocorrências no trânsito envolvendo mulheres são falar ao celular enquanto dirigem e usar sapatos de salto alto. Batista informa que o último item atra- palha, principalmente, na direção de motocicletas. “Há também aquelas que não são habilitadas”.

O comandante fala também sobre a ingestão de bebida alcoó- lica. Segundo ele, com a maior independência, a mulher passou a sair durante o período da noite com mais frequência e fazer o uso de bebidas alcoólicas, assim como os homens. “Com frequência,as mulheres também são encontradas conduzindo veículos sob efeito do álcool. Este também é um dos itens causadores dos óbitos”.

Mesmo com os agravantes, o presidente do Sindicato dos CFCs ressaltou que grande parte dos casos de mortes e acidentes envolvendo mulheres tem como motivadores a imprudência de outros motoristas. “As mulheres são mais cuidadosas e tranquilas para dirigir”. Ele ressalta os casos envolvendo motocicletas, que acontecem devido a falta de respeito à sinalização do trânsito.

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