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Ato em Cuiabá cobra justiça pela morte de aluno bombeiro que foi sepultado em Sinop

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Familiares e amigos do aluno bombeiro Rodrigo Claro, 21 anos, foram às ruas de Cuiabá pedir Justiça, com faixas que lembram a morte precoce, depois de passar mal em treinamento de curso de formação. O ato público ocorreu em um dos cruzamentos mais movimentados da capital, no encontro entre as avenidas Isaac Póvoas e Tenente Coronel Duarte (Prainha), ontem à tarde.

Participaram do ato em apoio aos familiares outras vítimas de violência, que integram a Associação de Familiares Vítimas de Violência do Estado. Para a mãe de Rodrigo, Jane Patrícia Lima Claro, 37 anos, é muito difícil conviver com a dor da perda do filho, que desejava apenas salvar vidas. Lembra do companheiro de aventuras, com o qual seguiu no ano passado, em uma moto, de Tangará da Serra onde a família mora, até Sinop, para passarem as festas de Natal. Após sua morte, guarda as roupas e o equipamento de segurança que ele comprou e que usava durante os treinamentos.

Ela garante que sua luta vai continuar para pedir Justiça. “É preciso que algo seja feito. A morte do meu filho não vai ser em vão”, diz referindo-se a violência empregada nos treinamentos militares que, ao longo dos anos vem sendo denunciados e, segundo ela, o Estado continua omisso.

A mãe também apontou o caso da tenente bombeiro Izadora Ledur, acusada de torturar Rodrigo com sessões de afogamento na tarde do dia 10 de novembro, na Lagoa Trevisan. Nos dois cursos anteriores ela já havia sido denunciada pela mesma prática mas apesar disso, o comando da corporação não tomou qualquer medida contra ela.

Tanto inquérito militar (IPM), como o da Polícia Civil, só devem ser concluídos em janeiro. Jane, mais uma vez saiu frustrada do Instituto Médico Legal (IML), na terça-feira (20), ao saber que o laudo da morte não seria entregue.

O laudo está pronto, porém, sem a assinatura. Por se tratar de uma assinatura eletrônica, ainda não foi disponibilizada já que o contrato com a empresa fornecedora venceu em agosto e até o momento não foi renovado, impossibilitando que os laudos sejam assinados.

Segundo Heitor Reiners, um dos dirigentes da associação, casos de abusos praticados em treinamentos militares, como o que pode ter causado a morte do jovem, ainda são comuns, apesar de outras tragédias. Citou os dois casos dos cadetes da PM mortos em treinamento, em 1998. Sérgio Kobayashi e Evaldo Queiroz, que morreram durante treinamento da Polícia Militar. Eles se afogaram no córrego Padre Inácio, em Cáceres, após intenso desgaste físico. A mãe de Sérgio segurava uma das faixas de Rodrigo e disse que em momentos como este, toda dor que enfrentou há 18 anos, é revivida.

O jovem faleceu no dia 15 do mês passado e foi sepultado em Sinop, onde familiares residem.

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