Representantes da Associação dos Municípios Impactados por Usinas do Norte de Mato Grosso (AMIU) discutem compensações, amanhã, às 9h, com o consórcio da empresas que venceram o leilão da usina hidrelétrica de Sinop, na prefeitura. O diretor executivo da entidade, Rogério Rodrigues, explicou ao Só Notícias, que vão ser detalhados os investimentos necessários em setores como Saúde e Educação.
Segundo o diretor, a intenção é evitar o que aconteceu em Alta Floresta e Paranaíta, por exemplo, que decretaram situação de emergência com o aumento das populações, devido a mão de obra na usina hidrelétrica Teles Pires. As prefeituras argumentam que as estruturas dos setores como saúde e educação não estão preparadas, na iminência de um caos. “Vão estar presentes na reunião representantes de todos os municípios que devem ser afetados”, afirmou.
A Eletrobras, uma das empresas que formam o consórcio da usina de Sinop, já requereu na Secretaria Estadual de Meio Ambiente, a Licença de Instalação (LI) para fazer o canteiro de obras e alojamentos. O cronograma para efetivamente começar a ser montada a estrutura operacional (refeitórios, destinação de maquinários, caminhões e outros) ainda será apresentado.
O projeto em Mato Grosso terá investimentos de R$ 1,777 bilhão. O preço médio da energia a ser gerada ficou em R$ 109,40 por megawatt-hora (Mwh). O valor representa um deságio de 7,3% em relação ao preço-teto estabelecido pelo Ministério de Minas e Energia (MME), de R$ 118 por Mwh. A usina tem capacidade instalada para gerar aproximadamente 400 megawatt.
De acordo com estudo apresentando pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) a área utilizada pra construção da usina de Sinop, tanto para obra em si com a barragem, será de 33,7 mil hectares, sendo que 30,3 mil hectares inundados (incluído áreas produtivas). Além de Sinop, o reservatório da usina abrangerá também os municípios de Sorriso, Itaúba, Cláudia e Ipiranga do Norte.
(Atualizada às 09:06h)