A juíza da Primeira Vara Criminal da Comarca de Sinop, Rosângela Zacarkim dos Santos, manteve as previsões preventivas de Vanderlei Fidencio e Dirlene Aparecida Antunes, acusados de envolvimento na morte, a tiros, do pedreiro Elci Dimas da Silva. O crime aconteceu em dezembro do ano passado, na rua dos Angicos, no bairro Jardim Imperial. Ele foi atingido por três disparos (peito, costas e um dos braços) e morreu no local. Era de Goiás e teria vindo para o município para atuar na construção civil.
A magistrada refutou a alegação da defesa, que as provas até então produzidas são suficientes para descaracterizar os motivos ensejadores das prisões. “Conforme se nota dos autos, para o término da instrução processual restam, ainda, a inquirição de 04 (quatro) testemunhas arroladas pela acusação, de modo que as provas já produzidas, embora possam indicar eventual alteração dos fatos, não são suficientes para afastar os requisitos autorizadores da prisão preventiva”, apontou na decisão.
A juíza ainda destacou: “ademais, segundo extrai-se das provas produzidas na fase extrajudicial, as testemunhas ainda não inquiridas referem-se às pessoas que presenciaram os fatos e, portanto, seus depoimentos mostram-se necessários para formação de um maior juízo de convicção acerca da desnecessidade de manutenção da prisão dos réus”.
De acordo com as investigações, Elci prestava serviço para o casal e teria sido assassinado por causa de uma divergência de valores no pagamento. Eles se apresentaram na delegacia e prestaram depoimentos. Vanderlei isentou a mulher do envolvimento. Ela também negou ter participação. Eles declararam que a obra estava atrasada e o valor pago pelo serviço seria cerca de R$ 16 mil.
Na versão apresentada por Vanderlei, o desentendimento seria pela “cobrança indevida” por parte da vítima. Porém, na época, o delegado responsável Bráulio Junqueira confirmou que a versão do casal contrariou o depoimento das testemunhas.