A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) manteve a multa no valor de R$ 3,5 mil ao piloto norte-americano Joseph Lepore, um dos acusados de ter causado o acidente com o avião da Gol, em 2006, em Peixoto de Azevedo, que matou 154 pessoas. A multa da empresa ExcelAire, dona o avião, também ficou inalterada em R$ 7 mil.
O julgamento em segunda instância pela agência foi realizado hoje. Lepore, a empresa, além do copioloto, Jan Paul Paladino respondem a processo administrativo instaurado pela Anac. Na primeira fase do processo, a Anac manteve os três autos de infração emitidos contra os pilotos. Em abril, as autuações foram emitidas pela agência, sendo que duas delas eram destinadas a Joseph Leopore e tripulação (incluindo o copiloto) e a outra à ExcelAire.
De acordo com reportagem da Folha de São Paulo, a Anac explicou que a multa foi aplicada porque, diferentemente do informado previamente pelo comandante, Lepore não portava um documento necessário durante o trajeto: a carta de voo, com orientações sobre o percurso. Também foi encaminhado ao Comaer (Comando da Aeronática), órgão responsável pelo espaço aéreo brasileiro, um pedido de análise das punições cabíveis a Lepore e a Paladino. A associação pede que os pilotos sejam proibidos de voarem no Brasil.
Conforme Só Notícias já informou, o acidente aconteceu em 2006, no município de Peixoto de Azevedo, no norte do Estado. O jato Legacy colidiu com o avião da Gol que fazia o trajeto Manaus-Brasília, deixando 154 mortos – todos que estavam a bordo. Os pilotos do jato conseguiram pousar com segurança em uma base aérea no Pará.
Em decisão da Justiça Federal de Sinop, os pilotos americanos foram condenados, mas suas penas foram transformadas em serviços comunitários nos Estados Unidos.