A promotora Audrey Tomaz Ility declarou que a rebelião na última sexta-feira representa “o descaso” da Secretaria Estadual de Segurança e admitiu que a cadeia pode ser interditada por completo por “falta de uma estrutura apropriada, estar em local inadequado” e efetivo insuficiente para segurança. “Algumas determinações que constam da decisão do juiz não foram cumpridas pela secretaria. Então, infelizmente se a cadeia tem essa fragilidade, mesmo estrutural ou física, no sentido de não ter um local adequado muitas vezes aos presos, isso vem da própria estrutura estatal que não cumpre o que está na Lei de execução penal”, apontou a promotora.
“Nós já pensamos em tirar a cadeia daqui. Para o governo seria mais simples fazer uma reforma. Só que, se o governo não fizer as reformas com parte hidráulica, elétrica, ventilação e acomodação, obviamente poderemos pedir a interdição total”, declarou. Os presos provisórios e condenados podem ser recambiados para outras cidades, caso isso ocorra. “Aliás, aqui não é local para presos condenados. Cadeia Pública é para prisões provisórias que são as temporárias ou preventivas”, esclareceu.
Leia ainda:
Após rebelião, 23 presos de Alta Floresta são recambiados para Sinop