A Justiça Criminal da Comarca de Sinop tentará, mais uma vez, levar a julgamento o principal suspeito de matar, a tiros, Gerson Silva de Azevedo, 18 anos, conhecido como “Cheiroso”. O júri está previsto para a próxima quinta-feira (12). O homicídio ocorreu em 15 de dezembro de 2014, em um campo de futebol, na rua 14 do bairro Boa Esperança.
A primeira data para o julgamento era 22 de setembro de 2016. Na ocasião, a falta de um documento requisitado pela defesa adiou o júri para novembro. Naquela data, porém, a defesa alegou que já havia sido intimada para outro julgamento, em Apiacás, o que novamente obrigou a Justiça a remarcar a sessão.
Em março do ano passado, o advogado alegou problemas de saúde e pediu cancelamento. Então, o ato foi remarcado para julho de 2017. Com a sessão mais uma vez prejudicada, o julgamento passou para novembro. Naquela oportunidade, uma “greve dos reeducandos”, que se recusavam a sair das celas, cancelou, novamente, o júri popular.
O julgamento estava previsto para março deste ano. Porém, um novo pedido de uma das partes fez com que a Justiça adiasse o ato para a próxima semana. Perante aos jurados, o réu responderá por homicídio qualificado, cometido por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Em março de 2015, a Polícia Civil prendeu o réu e a mulher, acusada de pilotar a motocicleta utilizada no dia do crime (ela foi solta pouco tempo depois). Ao ser interrogado, o suspeito permaneceu calado. A mulher dele, no entanto, contou que, no dia do homicídio, o acusado a chamou para acompanhá-lo em um lugar.
Segundo ela, ao chegar no campo de futebol, o réu se aproximou de Gerson “perguntando se era ele que tinha armado sua morte”. A testemunha relatou que a vítima respondeu “negativamente”, contudo, o acusado começou a atirar. Após o crime, os dois fugiram e se esconderam em uma chácara, onde foram presos meses depois.
Em decisão de pronúncia, a Justiça destacou que “há fortes indícios de que o acusado teria praticado o crime por motivo torpe, consistente no sentimento de vingança, por supostamente acreditar que a vítima teria ‘armado’ para matá-lo. Ainda, com a utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima, uma vez que, supostamente, teria agido de inopino, sacando uma arma e atirando contra a vítima, sem que esta pudesse esboçar qualquer reação”.
O suspeito está preso no Ferrugem.