O Tribunal do Júri irá julgar amanhã, M.A.S.S., acusado de matar uma criança, 4 anos, e tentar violentar a irmã (11 anos), no bairro Cidade de Deus II, em 2010. À época, ele pediu um copo de água e entrou na casa fechando as portas e aumentando o volume da televisão. Com a resistência da maior, puxou as orelhas dela a ponto de descolá-las da cabeça, machucou a boca e deu vários murros na face até ela desmaiar. A tortura só parou porque o avô chegou e enfrentou o agressor.
O caso teve grande repercussão na cidade por conta da violência empregada e da idade das crianças. O júri será presidido pelo juiz Wladymir Perri, que diz ser um dos muitos júris que integra a semana da campanha A Justiça pela Paz em Casa, desenvolvida pela Corregedoria Geral da Justiça de Mato Grosso (CGJ-MT) e pelo Conselho Nacional de Justiça, realizada de 9 a 13 de março em todo o país.
Serviço – Para este mês foram marcados 25 julgamentos de réus acusados de homicídio ou tentativa de homicídio. Em alguns dias estão marcados dois júris, fato pouco comum. Os julgamentos, que tiveram início dia 2 de março, encerram no dia 31 deste mês.
Na segunda-feira (2 de março) foi para o banco dos réus Manoel Messias de Moura, acusado de ter matado a tiros Reginaldo Pires de Morais. De acordo com os autos, na noite de 1º de janeiro de 2003, por volta das 21h, na Vila Itamarati, em Rondonópolis, Manoel Moura teria efetuado vários disparos contra Reginaldo Pires de Morais, que o levaram a morte.
No Tribunal do Júri, após regular instrução em plenário, o representante do Ministério Público pugnou pela condenação do acusado, enquanto a defesa pediu a absolvição. Submetido a julgamento popular, o Conselho de Sentença pediu absolvição do acusado.
Nesse mesmo dia, o acusado Erivaldo Pereira da Silva também foi a julgamento. Conforme o processo, no dia 16 de abril de 2006, por volta das 14 horas, no bairro Vila Mariana, em Rondonópolis, o denunciado tentou matar o próprio pai, Adir Conceição da Silva, a facadas, provocando sérias lesões. A vítima foi socorrida e sobreviveu.
“Segundo restou apurado, o denunciado, impulsionado por futilidade, desferiu um golpe de arma branca, tipo facão, na região do abdômen da vítima – pai, somente não alcançando o intento criminoso porque a vítima conseguiu retirar a arma das mãos do filho, que evadiu do local”, diz os autos.
Concluídos os debates, o presidente do júri perguntou aos jurados se estavam habilitados a julgar a causa ou se precisavam de mais esclarecimentos. Depois, o julgamento da causa teve continuidade. O réu foi absolvido, com base no artigo 386 do CPP.
Na terça-feira (3 de março) Deberonix Paulino de Araújo foi a julgamento pela morte de Leandro Alves da Silva. No dia 14 de abril de 2014, por volta da 1h da manhã, na residência da vítima, no bairro Jardim Dom Bosco, em Rondonópolis, o acusado matou a tiros Leandro Alves da Silva.
O réu foi condenado por homicídio qualificado e por porte ilegal de arma. Pelos dois crimes foi condenado à pena privativa de liberdade de 14 anos e seis meses de reclusão em regime fechado.