PUBLICIDADE

Acusado de matar acadêmica no Médio-Norte continuará preso e vai à júri popular, decide tribunal

PUBLICIDADE

Os desembargadores da Terceira Câmara Criminal decidiram, por unanimidade, negar o recurso interposto pela defesa do jovem, de 23 anos, principal suspeito de assassinar a acadêmica de Direito, Isabella Cristina Cazado, 22 anos, em maio do ano passado, em São José do Rio Claro (111 quilômetros de Nova Mutum). A defesa requereu a anulação da sentença de pronúncia, que na prática manda o réu a júri popular, além de absolvição, revogação da prisão preventiva, restituição do veículo supostamente utilizado no crime (que continua apreendido) e exclusão das três qualificadoras.

Ao manter a decisão, o relator do processo, desembargador Luiz Ferreira, destacou que “diante do que foi exposto, não resta a menor dúvida, que o pleito de absolvição sumária deduzido pelo recorrente não pode ser acolhido, haja vista que, além de a sua defesa não ter apontado qualquer argumento fático ou jurídico a amparar essa pretensão, deve-se ter em mente que a sentença de pronúncia consubstancia mero juízo de admissibilidade da acusação, não se exigindo, pois, prova irrefutável para que o acusado seja submetido à Corte Popular, bastando, para tanto, meros indícios da autoria e prova da materialidade”.

Os desembargadores também rejeitaram o pedido de revogação da prisão, a restituição do veículo e a exclusão das qualificadoras. Também participaram do julgamento os magistrados Gilberto Giraldelli (1º vogal) e Juvenal Pereira da Silva (2º vogal).

Conforme Só Notícias já informou, a juíza Ana Helena Porcel pronunciou o réu, que vai responder pela morte da acadêmica, cometida por motivo fútil e meio que dificultou a defesa da vítima. O suspeito também poderá ter a pena aumentada, uma vez que foi pronunciado por assassinato contra mulher “em razão de gênero” (feminicídio).

O irmão do acusado, que tem 18 anos, no entanto, citado inicialmente por suposto envolvimento no crime, não vai à júri popular e teve a prisão preventiva revogada no início do ano. Para a magistrada, não ficou clara qual foi a participação dele na morte de Isabella. A data de julgamento ainda não foi divulgada e o processo corre sob segredo de justiça.

O ex-namorado de Isabella se apresentou à Polícia Civil em outubro do ano passado. A assessoria informou que ele permaneceu quase o tempo todo calado e não respondeu as perguntas feitas pelo delegado. Uma foto da jovem foi mostrada a ele, que ficou muito emocionado e também chorou. Segundo o delegado, Nilson Farias, o acusado demonstrou estar arrependido do crime. Em uma das poucas declarações de que fez afirmou "que a amava".

A jovem foi atingida por tiros na cabeça e tórax e chegou a ser encaminhada ao Pronto Atendimento por um adolescente de 16 anos, que é irmão do acusado de praticar o crime. No entanto, ela não resistiu aos ferimentos e faleceu pouco tempo depois de dar entrada na unidade médica.

O suspeito e Isabella eram namorados e testemunhas disseram que ambos brigavam constantemente. Na noite do crime, os dois teriam discutido novamente, no interior de um VW Golf preto, após saírem de uma pizzaria. A suspeita é a de que Isabella queria romper o relacionamento com o acusado, que não aceitava.

Isabella morava em São José do Rio Claro e cursava o 9º ano de Direito na Unemat, em Diamantino.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Veículos ficam danificados após colisão em cruzamento em Sorriso

Dois veículos ficaram bastante danificados após colidirem no cruzamento...

Apostadores de Sinop e Sorriso ganham prêmio na Quina

Dois apostadores de Sinop e Sorriso acertaram, ontem à...

Caminhão tanque bate em árvore em rodovia em Mato Grosso

O acidente com o caminhão tanque carregado com resíduos...
PUBLICIDADE