O juiz diretor do Foro da Comarca de Água Boa, Anderson Gomes Junqueira, julgará, amanhã, em sessão do Tribunal do Júri, crime praticado há pouco mais de quatro meses. Em entrevista à equipe da Coordenadoria de Comunicação Social do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, o magistrado destacou a celeridade no trâmite e a necessidade de respostas rápidas à sociedade.
"Temos marcado as audiências que envolvem réus presos com menos de dez dias. Levamos em consideração o princípio constitucional que preza pela razoabilidade do prazo para o julgamento. A sociedade percebe que há resposta célere por parte do Judiciário, principalmente nos crimes contra a vida, que geram situação de clamor público", enfatizou o magistrado.
A Ação Penal Pública incondicionada trata de homicídio qualificado praticado no dia 23 de março de 2012 pelo acusado José Rodrigues Barbacena contra a vítima Valdeni Alves de Souza. Rodrigues teria efetuado vários disparos contra a vítima, que acabou falecendo. O acusado foi preso em flagrante e continua detido. O magistrado salientou que a defesa do acusado não ofereceu recurso contra sentença de pronúncia, o que facilitou a celeridade no trâmite.
A comarca mantém, em média, prazo de seis meses para o julgamento de crimes contra a vida. "Hoje podemos dizer que não há processos que tratem de crime doloso contra a vida pendente na comarca", enfatizou o juiz Anderson Junqueira, referindo-se ao cumprimento de metas estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A segunda temporada do Tribunal do Júri de 2012 na Comarca de Água Boa ainda julgará outros quatro processos. "Isso demonstra que o Judiciário difere do que a maioria prega. Notadamente aqui em Água Boa a comarca tem priorizado algumas ações e a sociedade vê com bons olhos os resultados", concluiu o magistrado.