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Acusado de encomendar assassinato do pai será julgado na próxima semana no Nortão

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: assessoria)

Será submetido a júri popular na próxima terça-feira (3) o jovem de 20 anos acusado de encomendar o assassinato do pai, Adijalmo Alves da Silva, 58 anos, atingido por facadas, enquanto dormia, na própria residência, no bairro Vila Esperança, em Marcelândia (165 quilômetros de Sinop), em dezembro de 2018. Também será julgado nesta data o suposto executor do crime.

Conforme determinação da juíza Thatiana dos Santos, o júri será realizado de forma híbrida e, além dela, também estão presentes assessores, representante do Ministério Público, advogado de defesa, dois oficiais de Justiça, testemunhas e os jurados. Os réus também serão ouvidos presencialmente e deverão ser escoltados do presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”.

Como medida de segurança, em razão da pandemia de covid-19, o júri não será aberto ao público. Os acusados serão julgados por homicídio triplamente qualificado.

Em fevereiro deste ano, conforme informado em primeira mão por Só Notícias, a juíza Thatiana dos Santos havia decidido colocar em liberdade o acusado de encomendar a morte do próprio pai, mediante cumprimento de medidas cautelares. No entanto, a magistrada decretou novamente a prisão, após a mãe e o padrasto do réu registrarem um boletim de ocorrência contra o suspeito.

Os familiares afirmaram à polícia que a “vida virou um verdadeiro inferno”, desde a soltura do acusado. Segundo a narrativa feita no boletim, o jovem voltou para a casa da mãe, após sair do presídio, com “um comportamento agressivo e violento”. A mulher disse que o suspeito quebrou diversos móveis na casa, ouvia música alta, não deixava “ninguém dormir”, e fez ameaças de morte contra os familiares, alegando que virou bandido e que integrava uma facção criminosa.

De acordo com a denúncia, o assassinato teria sido cometido por vingança. Isso porque o rapaz teria “atritos com seu pai”. Nessa versão, Adijalmo teria cobrado o filho por, supostamente, envolver-se com drogas e não trabalhar. “Em virtude desses atritos, motivado pela torpe vingança”, o jovem teria decidido matar o pai.

A denúncia aponta que o acusado ofereceu R$ 5 mil para um rapaz de 24 anos executar Adijalmo. O suspeito ainda teria deixado a porta aberta e providenciado para que o pai ficasse sozinho em casa. O contratado, então, teria se deslocado até a residência “e, com extrema crueldade e aproveitando-se que a vítima estava dormindo sem poder esboçar defesa, desferiu diversos golpes de faca”.

Os dois acusados negam o crime. O filho da vítima disse que o objetivo era apenas “dar um corretivo” e que sua mãe era agredida pela vítima. No entanto, afirmou que contratou dois adolescentes para a tarefa e eles acabaram matando Adijalmo. Negou ainda ter se encontrado com o outro rapaz de 24 anos.

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