Um grupo de acadêmicos dos cursos de medicina e enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) realizaram, esta manhã, em frente a instituição de ensino, um manifesto em apoio aos funcionários do hospital regional. Eles usaram roupas pretas simbolizando o luto e expuseram alguns cartazes com frases de indignação. Algumas aulas e estágios dos alunos que são ministradas no regional passaram a ser prejudicados com a redução nos atendimentos de urgência e emergência. A falta de materiais para os procedimentos também influenciaram na manifestação.
Conforme Só Notícias já informou, a greve dos enfermeiros do Hospital Regional de Sinop iniciou esta manhã, por causa de atrasos salariais. A informação foi confirmada pela gerente de enfermagem, Francislaine Almeida. Apenas 30% do efetivo continuará no plantão. “A greve é legítima e dentro da lei. Estamos amparados pelo sindicato. Apenas os setores de urgência emergência, Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Centro Cirúrgico e o Centro de Material de Esterilização continuarão com 50% do seu efetivo. São dois meses de salários atrasados e nossos colaboradores querem receber o que é de direito. Eles estão decididos a prosseguir na paralisação”, disse.
O Sindicato do Serviço de Apoio também está na unidade tratando de greve com os demais servidores. “Os funcionários se manifestaram na frente do hospital e na avenida das Itaúbas. Estaremos com o movimento 24 horas. Também trancaremos a avenida por uma hora. Precisamos mostra a real situação do regional”. A unidade reduziu os atendimentos desde o dia 7 de setembro. Segundo o diretor financeiro, Heller Chaves, o último repasse feito pela Secretaria de Estado de Saúde foi referente ao mês de julho e as diferenças de valores são de aproximadamente R$ 28 milhões. A secretaria, por outro lado, informa que tem feito auditoria em alguns valores cobrados.
O representante da Fundação de Saúde Comunitária de Sinop, que administra o hospital regional, Wellington Randall Arantes, informou, ontem, para a prefeita Rosana Martinelli (PR), que o governo do Estado se comprometeu a repassar R$ 1,7 milhão para pagamento de funcionários e compra de medicamentos, possibilitando os atendimentos das emergências. Com isso, o segundo fechamento da BR-163 como protesto, programado para ontem à tarde, foi suspenso.