Estádio lotado, torcida a favor e “quarteto mágico” em campo. Esses são os ingredientes perfeitos para o Brasil vencer o Chile neste domingo, às 16 horas, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, e garantir por antecipação a sua presença na Copa do Mundo da Alemanha. Um empate pode até colocar o time de Parreira no Mundial caso a Colômbia não vença o Uruguai.
O Brasil é o segundo colocado no qualificatório, com 27 pontos ganhos, atrás apenas da líder Argentina, e para superar o Chile aposta em Robinho no lugar de Ronaldinho Gaúcho, suspenso. Kaká, Ronaldo e Adriano completam o quarteto responsável pelas jogadas de ataque da seleção.
“Essa partida vale o carimbo para a Copa. O comportamento tático será o mesmo apresentado na Copa das Confederações e nos dois últimos jogos das Eliminatórias”, assegurou Parreira. Questionado se teme pela vulnerabilidade do setor defensivo, o técnico foi direto: “Se o time demonstrar o mesmo espírito solidário e de equipe, não haverá problemas em ter um quarteto ofensivo”, opinou.
O treinador deixou escapar que não ficará satisfeito apenas com a classificação e que sonha em tirar o primeiro lugar dessas Eliminatórias das mãos dos argentinos. “Podemos nos classificar até mesmo com um empate ou perdendo os três jogos que faltam, mas não queremos isso, até porque existe a possibilidade de fazermos nove pontos e brigarmos por esse primeiro lugar com a Argentina, embora essa não seja a nossa prioridade”, disse Parreira.
O atacante Ronaldo, que sentiu dores musculares na sexta-feira, treinou normalmente no sábado e assegurou sua presença no duelo contra os chilenos. O “Fenômeno” quer um time “irresponsável” contra os rivais. “Com a bola no pé, temos de jogar com alegria e com irresponsabilidade até, pois é isso que sabemos fazer”, afirmou.
O técnico Parreira concordou com atacante e espera ver a seleção pressionando o Chile. “Irresponsabilidade é uma maneira de usar o termo liberdade e acho que nossos jogadores têm que ter liberdade para jogar”, aprovou o comandante, para depois completar. “Essa é diferença entre o futebol brasileiro e o europeu. Nós somos menos robotizados e mais criativos”.
Já pelo lado do Chile, o técnico Nelson Acosta faz mistério. Com 20 pontos ganhos até aqui, só a vitória interessa para os chilenos, que ocupam a sexta posição nas Eliminatórias.
A principal dúvida de Acosta está na defesa. O zagueiro Ricardo Rojas ainda se recupera de uma lesão na coxa esquerda e poderá dar sua vaga para Ponce no domingo. O treinador, no entanto, confirmou que vai utilizar um esquema com dois atacantes, embora tenha trabalhado com apenas um homem na frente em outros confrontos fora de casa.
Maurício Pinilla, que atua pelo Sporting Lisboa, de Portugal, e o experiente Marcelo Salas, que recentemente voltou à Universidad de Chile, serão os responsáveis por furar o bloqueio verde e amarelo em Brasília. “Isso serve para mostrar que seremos ofensivos e não ficaremos apenas na defesa. Precisamos da vitória muito mais do que o Brasil e vamos exibir muita garra em campo”, disse Acosta.