O Vasco, de técnico novo, jamais lembrou o time que ocupa a lanterna do Brasileiro. Ditou o ritmo do jogo o tempo praticamente inteiro, e não teve muita dificuldade para derrotar o Flamengo por 1 a 0 no Maracanã, nesta quarta-feira, no duelo carioca de ida da Copa do Brasil. Na realidade, não seria exagero afirmar que o vencedor não soube aproveitar a possibilidade de garantir a vaga para a próxima fase, pois ao Rubro-Negro faltou de tudo, tanto que a torcida não poupou Cristóvão Borges.
Nos primeiros 15 minutos só teve pancadaria. Neste momento, Guerrero desperdiçou a melhor chance do primeiro tempo, chutando livre em cima de Martín Silva. Daí em diante, os protagonistas se preocuparam mais em jogar futebol. O Flamengo teve a quase sempre inútil maior posse de bola. E os cruz-maltinos, embora cautelosos, marcou bem, neutralizando as tentativas do rival, e ainda ameaçou nos contra-ataques, obtendo igualmente pelo menos uma boa oportunidade, aos 17, com Nenê, para defesa de César. Na realidade, houve de ambos os lados precipitação no último passe, o que explicava o 0 a 0.
O time de São Januário também retornou para a segunda etapa mais organizado, obrigando o da Gávea a recuar instintivamente, sem saber como sair de trás. Aos dois minutos, Emerson puxou a camisa de Anderson Salles, em pênalti ignorado pela arbitragem. Aos 12, Riascos recebeu em posição irregular e rolou para Jorge Henrique bater de primeira à esquerda de César: 1 a 0.
Nada mudou. O Flamengo, confuso sob o ponto de vista tático, como de hábito, não conseguia se acertar, e o Vasco seguiu mandando. Cristóvão trocou Éderson por Jajá. Já no desespero, Wallace, que recebera o cartão amarelo no começo da partida, derrubou Madson e foi justamente expulso. Samir substituiu Éverton. Curiosamente, o Vasco diminuiu o ritmo, deixando de marcar mais gols, dado que o adversário, em dupla desvantagem, se arrastava, sem esboçar reação.
Pois é. A vitória foi justa. Mas o resultado, pequeno, nem tanto.