A Copa do Brasil tem um novo e inédito dono e a Libertadores da América 2012 tem o primeiro time brasileiro classificado. É o Vasco da Gama, que depois de oito anos sem um grande título volta a levantar uma taça mesmo com uma derrota por 3 a 2 para o Coritiba, em um jogo dramático no Estádio Couto Pereira, na capital paranaense. Na partida de ida, o Cruzmaltino havia vencido por 1 a 0, em São Januário, no Rio de Janeiro.
O Alviverde começou pressionando, mas tomou um susto aos 11 minutos, após um rápido contra-ataque carioca. Éder Luis fez a jogada na direita e serviu Alecsandro, que só teve o trabalho de empurrar para o gol. O empate veio aos 29 minutos, depois de falha da zaga vascaína que deixou Bill subir e testar para as redes. O gol animou os donos da casa que pressionaram até o gol de Davi, aos 44 minutos, aproveitando rebote de Fernando Prass.
A virada animou novamente o torcedor e, principalmente o time, que voltou pressionando no segundo tempo em busca do gol que daria o título. Porém, um banho mais gelado do que a noite curitibana, aos 12 minutos, com um chute de Éder Luis, de longe, que desviou e matou Edson Bastos. O duelo não estava encerrado e William, de fora da área fez um golaço para o Vovô. A partir daí pressão verde e branca, mas insuficiente para reverter o resultado.
O jogo – O Coxa tentou pressionar desde o apito inicial mas, aproveitando o contra-ataque, os cariocas tiveram a primeira boa chegada, aos três minutos, com Éder Luis que invadiu a área e chutou prensado, na rede pelo lado de fora. Aos sete minutos a resposta veio, com Léo Gago que cobrou falta no cantinho e obrigou Fernando Prass a fazer grande defesa. O Vasco começou a sentir a pressão e recuou.
Com a surpreendente escalação de Marcos Paulo no lugar de Anderson Aquino, o Coritiba se fortaleceu no meio-campo, setor estrategicamente fundamental na partida. Mas o banho de água fria veio aos 11 minutos, exatamente com Alecsandro, filho do ídolo coxa-branca Lela e autor do gol na primeira partida. Em um rápido contra-ataque, Eder Luis recebeu na direita e serviu o atacante, que só empurrou para as redes. Era tudo que o Alvinegro queria.
O time da casa sentiu o gol e passou a errar muitos passes. Aos 17 minutos, Diego Souza cobrou falta na intermediária e isolou a bola. O torcedor se irritava com a postura do Alviverde e o técnico Marcelo Oliveira, aos 27 minutos, tirou Marcos Paulo para a entrada do atacante Leonardo, uma tentativa de mudar a história. E a mudança deu nova vida ao time. Aos 29 minutos, bola sobrevoando a área vascaína e Bill surgiu por trás da defesa para desviar de cabeça para o fundo das redes.
A partida pegou fogo e o torcedor voltou a empurrar o Coxa, que empurrava o adversário para a defesa. Aos 35 minutos, Rafinha pegou rebote e de longe praticamente recuou para Fernando Prass. Bill tentou resolver sozinho, aos 40 minutos, e arrematou muito forte, longe da meta. O Vasco já começava a esfriar o jogo com a velha tática da cera quando, aos 44 minutos, Rafinha fuzilou cruzado, Prass rebateu e Davi, livre no meio da área, estufou as redes para virar.
Depois do intervalo, a tensão em campo aumentou, já que qualquer erro poderia ser fatal para qualquer um dos lados. Depois e muita luta no meio-campo, o primeiro chute a gol veio aos sete minutos, com Léo Gago, que isolou a bola. Bill exagerava nas faltas e os jogadores do Vasco pediam sua expulsão. Clima quente em campo.
Quando o Coritiba tentava voltar a pressionar, mais um banho de água fria na festa da torcida, aos 12 minutos. De longe, Éder Luis arriscou um chute e, sem entender o efeito da bola que desviou no caminho, Edson Bastos viu a bola entrar no meio do gol. Imediatamente o técnico Marcelo Oliveira colocou Eltinho e Marcos Aurélio em campo. Aos 18 minutos, Eltinho tentou o levantamento e Fernando Prass interceptou.
O jogo era simplesmente emocionante e, aos 21 minutos, William, com um chutaço de fora da área acertou o ângulo para colocar o Coxa novamente na luta. Nas arquibancadas o torcedor coxa-branca ia a loucura tentando empurrar o time que novamente precisava de um gol para conquistar o título. Aos 24 minutos, Leonardo foi travado na área e pediu pênalti. O árbitro mandou a bola rolar.
Bill perdeu uma grande chance, aos 30 minutos, travado na hora do chute, já dentro da área. O Coritiba era todo ataque, mas o relógio se mostrava implacável. A animação logo se transformou em drama. Aos 36 minutos, Leonardo tentou um chute colocado, fácil para Fernando Prass. O Vasco voltou ao ataque aos 41 minutos, em jogada individual de Éder Luis, que tocou para Alecsandro chutar para fora. Prass ganhou um tempo precioso no chão, esfriando a reação e garantindo o título.