O vazamento da notícia da contratação de José Carlos Serrão para o comando técnico do Mixto terminou cancelando a negociação. "Conversei com o Márcio (Pardal, presidente do Mixto) por telefone, mas não autorizei divulgar a minha contratação. Isso prejudicou me trabalho aqui, estou empregado. A notícia vazou e causou um mal estar. Já disse a ele (Márcio) para procurar um outro treinador", disse Serrão.
O ex-volante do São Paulo na década de 70, foi o terceiro nome anunciado e "cancelado" "pela diretoria esta semana. Primeiro, o gaúcho Lori Sandri foi procurado, mas para assinar o contrato, exigiu uma série de informações da situação do clube, por e-mail. A diretoria enviou as respostas, mas Lori fez pouco caso.
Depois foi a vez de o clube anunciar Rui Scarpino. No dia seguinte, Márcio Pardal comunicou que o treinador havia acertado com o Cianorte-PR; e, por fim, o alívio, com o pretenso acerto com Serrão, se transformou em novo drama.
Pardal não assume publicamente, mas é notório que o que vem ocorrendo no clube é a falta de independência e autonomia do presidente para tomar importantes decisões como a escolha do treinador. Primeiro, Pardal disse publicamente que o seu treinador preferido era Arildo Berdun, mas os demais integrantes da diretoria vetaram, defendendo a contratação de um grande nome, um técnico com bagagem em competições nacionais, que causasse impacto nos rivais e na mídia nacional.
Até Mário Sérgio Pontes de Paiva chegou a ser procurado por membros da diretoria. Sem opções no mercado, devido a demora para a montagem do elenco, provocada pela eleição da nova diretoria, o Mixto pode terminar optando por um treinador "caseiro". Pardal, que passou o dia de ontem no telefone, em contato com técnicos e membros da diretoria, admitiu que pode acabar contratando Marcos Birigüi.
"Precisamos que o nome seja uma unanimidade. Na segunda-feira o Mixto já terá seu treinador", disse, esperançoso o angustiado Pardal.
