A disputa pela liderança do Campeonato Brasileiro continua bastante acirrada. Depois do Botafogo vencer o América-RN na quarta-feira, o São Paulo fez a sua parte nesta quinta e bateu o Juventude por 3 a 1, igualando os 31 pontos do time carioca na liderança e perdendo a ponta apenas porque tem menor saldo de gols (14 contra 11).
O Juventude, por outro lado, não ficou nada satisfeito com o resultado alcançado longe de sua torcida. O resultado negativo na estréia do treinador Cláudio Duarte manteve o time na zona de rebaixamento, na 17 colocação, com 15 pontos acumulados em 15 jogos disputados.
Contudo, foi o Juventude quem tomou a iniciativa do jogo. Assim, logo aos dois minutos de jogo, na primeira vez que o time gaúcho conseguiu a posse de bola, o atacante Renato (ex-Ferroviária-SP) começou o contra-ataque em velocidade e tocou para o companheiro Luciano (ex-Rio Claro), que só teve que tocar para as redes, na saída de Rogério Ceni.
A partir daí, a disputa se equilibrou e alguns lances violentos começaram a aparecer, principalmente a forte marcação de ambas as equipes. O mais grave aconteceu aos sete minutos, quando Fábio Baiano e Alex Silva se chocaram com força na intermediária e tiveram que ser atendidos fora do gramado.
O atleta do Juventude acabou voltando ao gramado com uma faixa verde na cabeça, mas o do São Paulo não teve condições de retornar e deixou o campo perdendo muito sangue, sendo substituído pelo zagueiro Edcarlos. Naquele momento, São Paulo começou a forçar mais o ataque, enquanto o Juventude se retraia e apostava nos contra-ataques.
A pressão quase deu resultados ao São Paulo aos 21 minutos, quando Souza recebeu dentro da área, dividiu com a zaga e caiu pedindo pênalti. O árbitro carioca Marcelo de Lima Henrique, no entanto, mandou a jogada seguir e não assinalou a cobrança da penalidade para o São Paulo.
Aos 31, então, o Tricolor conseguiu o que buscava. Souza bateu falta de fora da área e a bola desviou em Barão no meio da área. O goleiro Michel Alves conseguiu evitar o gol contra ao fazer a defesa, mas acabou mandando a bola nas pernas de Miranda, que apareceu bem para completar para as redes e igualar o placar ainda no primeiro tempo.
A partir daí, o São Paulo melhorou o passe e conseguiu penetrar mais na sólida defesa do Juventude, que ainda apostava nas jogadas de contra-ataque, porém com menor força do que no começo da etapa. Aos 38, Josué conseguiu dominar na frente da área e arriscou o chute de longe. A bola passou rente ao travessão, mas saiu pela linha de fundo.
Na segunda etapa, então, o São Paulo voltou mais ligado e criativo, o que melhorou o desempenho do time no setor ofensivo. Com boas jogadas criadas pelas laterais, o time são-paulino só falhava nas finalizações, mesmo problema do Juventude, que respondia em rápidos contra-ataques, mas errava as conclusões.
Aos 18 minutos, depois de muito pressionar, o São Paulo conseguiu chegar com perigo. O atacante Hugo aproveitou cruzamento do companheiro Borges e completou de cabeça para as redes, mas o assistente anulou o tento alegando impedimento do ataque são-paulino. No minuto seguinte, Borges se enrosca com Leonardo Silva e pede o pênalti, não marcado.
No final, a pressão são-paulina continuou, mas o desejado gol da vitória não saia. Somente aos 31 minutos é que Borges aproveitou cruzamento de Leandro e cabeceou para as redes. Seis minutos depois, a zaga gaúcha vacilou e Souza conseguiu armar a jogada para Hugo, que apareceu no meio da pequena área para completar para as redes, decretando a vitória do São Paulo, que agora pode tirar a liderança do Botafogo em caso de vitória no fim de semana.
Nas próximas rodadas, então, o São Paulo encara dois jogos longe de sua torcida. O primeiro neste domingo, contra o Grêmio, no Olímpico; e o segundo frente ao Botafogo, na quarta-feira, no Maracanã. Já o Juventude encara dois jogos dentro de casa: Atlético-MG neste domingo e Fluminense na quarta-feira, ambos em Caxias do Sul.