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São Paulo e Palmeiras ficam no 1 a 1 e longe da ponta

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Os quase 17 mil torcedores que enfrentaram a fria tarde deste domingo para assistir ao clássico no Morumbi viram um típico Choque-Rei: sobrou marcação e faltou talento. Os dois times tiveram momentos de desequilíbrio com suas armas habituais, mas cada um só fez um gol em empate por 1 a 1 que não ajudou nem o São Paulo nem o Palmeiras na caça à liderança do Campeonato Brasileiro. Vaias merecidas ao final da partida.

No primeiro tempo, o Tricolor, sem o suspenso Lucas, achou Dagoberto, seu artilheiro na temporada, para fazer um golaço aos 42 minutos. Na volta do intervalo, em meio a um confronto igual, os anfitriões deram chance para Marcos Assunção, em sua bola parada, encontrar Henrique para empatar aos 16 minutos da etapa final.
No resto do duelo, mais intensidade somente nos primeiros 45 minutos, quando Rogério Ceni e Marcos apareceram bem para evitar mais gols. Mas nada suficiente para que algum dos clubes pudessem se aproximar da primeira colocação, agora a três pontos dos são-paulinos e a oito dos palmeirenses, que estão fora até da zona de classificação para a Libertadores.

A oportunidade de recuperação para ambos será em novos clássicos, no próximo domingo. Os comandados de Luiz Felipe Scolari vão a Presidente Prudente para enfrentar o arquirrival e líder Corinthians, enquantos a equipe de Adilson Batista visitam a Vila Belmiro para desafiar o Santos de Muricy Ramalho.
O jogo – Nas novidades armadas pelos dois treinadores, Luiz Felipe Scolari começou em vantagem. Ao optar por três zagueiros, com João Filipe pela direita, Rhodolfo no meio e Xandão pela esquerda, Adilson Batista abriu mão de Cícero e perdeu um homem no meio-campo. Os três volantes do Palmeiras (Chico, Márcio Araújo e Marcos Assunção) souberam se aproveitar disso.

Chico começou a partida perseguindo Rivaldo, Márcio Araújo ficou na cola de Carlinhos Paraíba para anular a saída de bola adversária e Marcos Assunção teve liberdade para armar os avanços. Com o Rivaldo palmeirense alternando-se com Luan na lateral esquerda, Piris, sem cacoete para ala, recuava como um lateral.
Enquanto o São Paulo tentava arrumar um jeito de ir ao seu campo de ataque, Rogério Ceni já fazia grande defesa em chute de Luan aos cinco minutos de jogo e Marcos Assunção, aos dez, levou perigo cobrando falta. Lances que acordaram os anfitriões. Juan passou a atuar como o típico ala que sabe fazer e virou até referência para receber cruzamentos na área. A bola começou a chegar porque Wellington e Carlinhos Paraíba resolveram devolver a tática de desarmes.
Para retomar o equilíbrio, Felipão mandou Patrik ao ataque para Luan marcar como meio-campista e o clássico estava, como costuma ser um Choque-Rei, amarrado, com sustos mais na bola parada. O desequilíbrio viria na qualidade dos atacantes. Se o Verdão tinha Kleber sozinho contra três zagueiros, o Tricolor se aproveitou das movimentações do trio Rivaldo, Fernandinho e Dagoberto.
Na alternância dos três, houve triangulação com direito a toque de calcanhar de Rivaldo que quase virou gol de Dagoberto, aos 18 minutos. No minuto seguinte, foi a vez de Fernandinho entrar na área para obrigar Marcos a fazer milagre. Mais uma vez vencido taticamente, Scolari transformou Chico em um terceiro zagueiro e passou para Marcos Assunção a função de caçar Rivaldo.
A estratégia parecia ter dado certo, já que o duelo se igualou e passava a ser desequilibrado quando Cicinho acordou para se desvencilhar da pouco incômoda marcação de Fernandinho. Luan até fez Rogério Ceni aparecer bem de novo para defender um chute seu de bicicleta. Animado, o time ainda terminou o primeiro tempo com Márcio Araújo quase como um atacante entre Patrik e Kleber.
A ousadia, porém, custou caro. Marcos Assunção já não marca como antes e, sem Márcio Araújo para cobri-lo, esqueceu-se de Rivaldo. Em rara chance de receber a bola sem ninguém o pressionando, o veterano camisa 10 do São Paulo achou Dagoberto na área. O atacante teve frieza para dominar, driblar Leandro Amaro e fazer um golaço encobrindo Marcos aos 42 minutos do primeiro tempo. No confronto tático, o talento desequilibrou.
Em meio a tantas inovações em campo, Felipão voltou do intervalo fazendo o simples. Em vez de improvisar o volante Márcio Araújo no ataque, tratou de trocá-lo por Maikon Leite. Ganhou o campo são-paulino, beneficiado também pela estratégia de Adilson em mandar sua equipe se segurar, muitas vezes com seus 11 atletas na defesa, apostando nos contra-ataques com Dagoberto e Fernandinho para matar o clássico.
Alternativa que custou caro. Com espaço para trabalhar a bola, o Palmeiras teve tempo para perceber que seria difícil achar Kleber entre tantos zagueiros na área e fazer o Gladiador sair. Longe dela, cruzou para Patrik obrigar Rogério a executar novo milagre aos 11 e ainda fez o Tricolor acostumar-se a fazer faltas.
Ter seus atletas derrubados é o que o Verdão mais gosta, e os comandados de Adilson Batista pareciam não saber disso. Deram três oportunidades para Marcos Assunção cruzar na área. Na terceira, Henrique cabeceou no ângulo de Rogério Ceni para empatar, aos 16 minutos do segundo tempo.
Os donos da casa pareceram ter esquecido também como atacar. Completamente confuso para voltar a achar tabelas na frente, deu espaço para os palmeirenses continuarem a dar arrancadas só paralisadas com faltas. Os dois times, entretanto, passaram a depender demais da bola parada. Insuficiente para que houvesse um vencedor na fria tarde de domingo no Morumbi.

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