O Paraná é vermelho. O Paranavaí segurou o empate sem gols diante do Paraná Clube, em plena Vila Capanema lotada, e conquistou pela primeira vez em sua história o título do Campeonato Paranaense, impedindo o bicampeonato do adversário. A melhor colocação do clube havia sido um vice-campeonato, em 2003.
No primeiro tempo, a forte marcação do ACP prevaleceu. O time do interior se fechou em seu campo e buscava explorar os contra-ataques contando com a vantagem conquistada com a vitória na primeira partida. Na etapa decisiva, o grande destaque foi o goleiro Vanderlei, que impediu a pressão dos paranistas.
Com o título, o Vermelhinho do Fim da Linha quebra uma hegemonia dos grandes centros paranaensess, já que desde 1977, quando o então Grêmio Maringá conquistou o título, um time considerado menor do interior não tirava a taça de Coritiba, Atlético, Paraná – e os clubes que se fundiram para cria-lo – e Londrina. Para a disputa da Série C do Campeonato Brasileiro, no entanto, o desmanche do grupo é certo.
O jogo – Precisando fazer o resultado, o Tricolor começou a partida com uma forte marcação no campo adversário, buscando sufocar para tentar criar uma boa chance. Aos quatro minutos, Robenval perdeu a bola para Josiel, mas conseguiu se recuperar, evitando que o atacante paranista ficasse de frente para o gol. Aos seis minutos, Dinélson entrou na área, mas bateu fraco, na rede pelo lado de fora.
Sem conseguir penetrar na zaga do Vermelhinho, o Paraná arriscava de fora da área. Aos 13 minutos, Léo Matos chutou forte, mas a bola passou à direita de Vanderlei. Jogando com o regulamente, o Paranavaí tocava a bola com tranqüilidade, esperando o tempo passar. Aos 22 minutos, uma bela tabela entre Josiel e Gérson, que bateu de primeira, mas pela linha de fundo.
Muito faltoso, o jogo ficou truncado após os 25 minutos. Aos 33 minutos, Dinélson cobrou escanteio e Daniel Marques desviou para fora, com um pequeno desviou da zaga. Em um raro ataque do ACP, Gilberto Flores, aos 38 minutos, chutou cruzado e assustou Flávio, que acompanhou a bola sair pela linha de fundo. Aos 45 minutos, Gérson ainda teve uma chance de completar de cabeça, mas a bola passou alto demais.
Na segunda etapa, o jogo recomeçou mais corrido, mas embora mais abertas, a equipe encontravam dificuldade para criar. O Paranavaí investia nos contra-ataques, mas encontrava uma verdadeira parede Tricolor. Aos 10 minutos, Thiago lançou para Edenílson, que errou a bola na hora da complementação. Aos 15 minutos, Vinícius Pacheco fez boa jogada e tocou para trás. Egídio, demonstrando nervosismo, mandou a bola na arquibancada.
Um lance curioso, aos 20 minutos. Egídio tocou de cabeça para trás e armou contra-ataque para Edenílson, que foi travado antes de entrar na área. A torcida, desconfiada desde a derrota para o Libertad, pedia raça aos jogadores. Tentando responder, Vinicius Pacheco, aos 21 minutos, entrou na área e bateu cruzado, para boa defesa de Vanderlei. O nervosismo tomou conta aos 25 minutos Márcio e Beto se estanharam, mas ganharam apenas amarelo.
Partindo para a pressão, Lima tocou para o meio da área, aos 30 minutos, e Josiel, de bicicleta deu trabalho ao goleiro Vanderlei. Aos 31 minutos, Leo Matos mandou de fora da área e o arqueiro do Vermelhinho mandou para escanteio. Aos 42 minutos, Lima recebeu o levantamento na área e tocou de cabeça para a defesa de Vanderlei.