Oito anos depois, Larissa e Juliana podem repetir, neste sábado, o feito de Adriana Behar e Shelda obtido em Winnipeg, no Canadá, conquistando a segunda medalha de ouro para o Brasil na história do vôlei de praia feminino nos Jogos Pan-Americanos. Hoje, SEXTA, na arena de Copacabana, Larissa e Juliana garantiram presença na decisão após a vitória sobre as mexicanas Mayra Garcia e Bibiana Candelas por 2 sets a 0, com parciais de 21/12 e 21/13.
Às 22 horas, a dupla enfrenta as cubanas Larrea Peraza e Dalixia Fernandez, atuais campeãs pan-americanas, e que superaram as canadenses Lessard e Maxwell por 2 a 0 (21/13 e 21/16). Às 20 horas, Canadá e México disputarão a medalha de bronze.
No Pan-Americano de Santo Domingo, ao lado de Ana Richa, Larissa conquistou a medalha de bronze. Dessa vez, ela sabe que o apoio da torcida será fundamental. “Estava esperando muito por esse momento. Disputar um Pan-Americano em casa é uma oportunidade que quase ninguém teve. Essa é uma semana especial para nós. No momento, o nosso cem por cento é ganhar esse ouro. E é este cem por cento que vamos buscar amanhã. A torcida nos passa uma grande energia. No Pan de Santo Domingo não havia sentido essa vibração”, afirmou Larissa.
A dupla brasileira, porém, não quer saber de revanche com as cubanas pela derrota da seleção brasileira na quadra. “Gosto muito delas. Além disso, quadra é quadra, e praia é praia. O revanchismo não é um bom sentimento. Temos que respeitar os inimigos, adversários. Queremos apenas que seja um grande jogo amanhã. Elas são duas jogadoras altas e temos que nos concentrar no lado mais defensivo”, disse Larissa.
Na semifinal desta sexta-feira, as bicampeãs brasileiras e do Circuito Mundial não encontraram dificuldades para derrotar a dupla do México. Apenas no segundo set, após abrirem uma vantagem de cinco pontos no placar, Larissa e Juliana ainda permitiram uma reação das adversárias, que ficaram apenas um ponto atrás: 8/9. Mas nada que viesse a desestabilizar o poderio da equipe do Brasil.
“Foi uma boa semifinal. Fizemos com que o jogo se tornasse fácil porque forçamos mais nosso lado defensivo, e deu certo. Depois que vencemos o primeiro set, sabíamos que elas viriam melhores para o set seguinte. Demos uma relaxada, mas estamos acostumadas a oscilar às vezes no placar. Erramos dois contra-ataques, mas logo depois voltamos para o jogo, e conseguimos manter uma postura. A Candelas, que é a mexicana mais alta, não conseguiu nos achar na quadra porque usamos a velocidade que havíamos planejado, e deu certo”, explicou Juliana.