Ao prever pouco público em seus jogos no estádio Félix Belém, em Campo Verde, a diretoria do Operário Futebol Clube já se movimenta no sentido de pedir mudança de local de seus jogos. Na manhã de hoje, o técnico Éder Taques e o presidente do clube Wendel Rodrigues vão visitar o prefeito de Poconé, Clóvis Martins, no sentido da prefeitura ceder o estádio municipal Neco Falcão para o Tricolor várzea-grandense mandar seus jogos válidos pela primeira fase do Estadual.
Após o empate heróico de 1 a 1 com o Luverdense na abertura do torneio, o Operário só volta a jogar no próximo dia 3 de fevereiro quando irá encarar o Sinop, jogo este marcado para o Félix Belém. Até a data da partida, a diretoria operariana pretende convencer o presidente da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), Carlos Orione, a mudar de ideia, transferindo as partidas do time de Campo Verde à cidade pantaneira de Poconé, a 100 km de Várzea Grande.
No estádio Félix Belém, os dirigentes operariano acreditam que o torcedor tricolor não irá em grande número para acompanhar a partida. Já na cidade vizinha a equipe treinada por Éder Taques, além dos torcedores várzea-grandenses, terá também o apoio dos poconeanos, que se identificam muito com o clube. "Será a mesma coisa estar jogando em casa. Em Poconé, temos muitos torcedores e nos sentiremos em casa", disse Taques, afirmando que o local atende às exigências da FMF.
Procurado pela reportagem, Carlos Orione não foi encontrado. Mas uma fonte ligada a entidade descartou qualquer possibilidade de mudança de local dos jogos confirmados para Campo Verde, onde além do Operário, Palmeiras e Cuiabá, disputarão seus respectivos jogos válidos pela primeira fase do Estadual.
A mesma fonte da reportagem classificou a intenção da diretoria operariana como "absurda", já que o estádio Neco Falcão, de Poconé, não possui às mínimas condições de receber jogos profissionais. Uma pelo fato das arquibancadas serem de madeiras, o que é condenado pelos órgãos de segurança em estádios de futebol e outra seria reprovado pela fiscalização e vistoria feitas pelo Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Vigilância Sanitária e Crea.
Apesar de manifestar o interesse de alterar o local de seus jogos, a diretoria do Operário ainda não oficializou nada na federação.