O Comando de Policiamento da Área (CPA) de Sinop fará na sexta-feira mais uma rodada das oitivas do caso Juliano Ferreira da Cruz, 21 anos, morto em decorrência de um suposto espancamento praticado por policiais militares. De acordo com o responsável pelo inquérito, capitão Fábio Mota, serão ouvidas cinco testemunhas, entre a acusação e a defesa. Duas serão ouvidas pela manhã e três à tarde. "Na segunda-feira (1º de fevereiro), será a vez do ouvido responsável pelo atendimento do Juliano no PA", explicou o capitão. Segundo ele, durante o processo podem surgir novas testemunhas ainda. Mota salientou que um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) irá acompanhar os depoimentos. "A OAB já acompanhou a outra oitiva e vai acompanhar todo o processo", destacou.
Na primeira oitiva, realizada no último dia 18, foram ouvidos o 2º tenente da PM Efraim Augusto Gonçalves e os soldados Sílvio Augusto Carvalho Carneiro e Wilson Egues dos Santos, responsáveis pela abordagem de Juliano e acusados pela família pelo espancamento. Conforme o capitão Mota eles reafirmaram o que haviam dito em depoimento à Polícia Judiciária Civil, quando relataram que Juliano, mesmo algemado, tentou fugir por um lago, onde teria quase se afogado. Os PM"s apontaram que tiraram o rapaz da água e realizaram massagem cardiorespiratória.
Conforme Só Notícias informou, o tenente e os soldados acusados estão temporariamente afastados das atividades externas desde 7 deste mês. Eles estão desempenhando serviços internos, por tempo indeterminado. O inquérito tem prazo inicial para ser concluído até 18 de fevereiro, quando fecham os 40 dias. No entanto, após esse período, a data pode ser estendida por mais 20 dias.