O duelo brasileiro nas semifinais da Copa Libertadores deste ano começa nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), no estádio Olímpico, em Porto Alegre. Grêmio e Santos disputarão a vaga para representar o país na decisão da competição sul-americana em clima de mistério. Nenhum dos dois treinadores confirmou a escalação de seus times antes da partida.
Pelo Peixe, o técnico Wanderley Luxemburgo só revelará a escalação minutos antes da partida, mantendo o segredo sobre a utilização ou não de três zagueiros. Já Mano Menezes ainda não sabe se poderá contar com três importantes jogadores de meio campo: Lucas, Tcheco e Edmílson, todos se recuperando de contusões. Mas isso é apenas mais um tempero para um jogo que deve esquentar a fria Porto Alegre.
O lateral-direito do Santos, Alessandro, que já jogou pelo lado tricolor, prevê um confronto duro, principalmente pelas características do adversário, que conhece tão bem. “O jogo é muito rápido, muito tenso. Você tem que estar atento nas jogadas, nos avanços e na linha defensiva. Se não enfrentasse o Grêmio seria outra equipe com essas qualidades. Temos que estar preparados para essa competição que todo mundo almeja. É uma equipe que joga muito bem em casa. A gente viu os dois gols diante do São Paulo, com bolas aéreas, mas também eles tocam bem a bola”, analisou.
Sobre Lúcio, o duelo particular de Alessandro, o lateral não poupou elogios, mas garante que já sabe como pará-lo. Pelo menos na teoria. “É um jogador que ofensivamente tem uma volúpia muito grande. Então você tem que marcar próximo para diminuir os espaços e não deixar dominar a bola, porque com velocidade ele sobressai. A gente enfrentou o América, que tinha laterais de qualidade e conseguimos eliminar essa jogada deles. É tudo uma questão da postura tática”, analisou o jogador.
A primeira vitória no Campeonato Brasileiro, no último domingo, diante do Atlético-PR, segundo o jogador, deu mais um ânimo ao grupo e tirou um peso das costas, melhorando o ambiente. “É fundamental para que o ambiente continue bom. Estar na semifinal de uma Libertadores já traz uma motivação muito alta e se você vem de uma vitória, ainda mais depois de duas derrotas, é muito bom. O ambiente está muito bom e todos estão em condições de jogar na quarta-feira. Não poderia ser melhor”, contou.
Porém, Kléber lembrou que o final de semana também foi bom para os gaúchos. Assim, é melhor para os paulistas deixarem de lado a competição nacional para pensar apenas na Libertadores. Para o lateral, uma vaga na grande decisão colocará o time a um passo de se eternizar na história do clube, além de ser um passaporte para voltar a conquistar um Mundial de Clubes, no final do ano, no Japão.
“Sabemos que temos qualidade para isso. Jogar no Olímpico nunca foi fácil e nem será. A equipe deles também vem de um bom momento na Libertadores como a nossa e que possamos ter a sorte de consegui um bom resultado. A semana começou boa, mas começou boa para o Grêmio também, que no final de se semana alcançou um resultado positivo no Campeonato Brasileiro. Mas agora é desligar do Brasileiro e ficar focado apenas na Libertadores. Temos a chance de poder passar para uma final e estar marcando uma história no Santos, que é ser campeão novamente da Libertadores”, projetou.
Pelo lado do Grêmio, todas as atenções estão voltadas para o meio-campista Zé Roberto. O time gaúcho não pensa duas vezes antes de apontar o jogador – que foi pré-convocado para a seleção brasileira que disputará a Copa América deste ano, lembrado pela primeira vez pelo técnico Dunga – como principal arma para o time paulista para conseguir a vaga na final do torneio continental.
Para o meia-atacante Carlos Eduardo, também pré-convocado para a Copa América, o Grêmio precisar ter homens marcando individualmente Zé Roberto, para que ele não se sobressaia na partida. “Se eu fosse treinador, colava o Gavilán ou o Nunes em cima dele. Nos treinos, eles não dão espaço para ninguém”, afirmou o jogador de 19 anos.
Edmilson, que ainda não tem sua participação confirmada no jogo, alerta para os perigos do meio campo santista. “É um meio superior ao do São Paulo, por ser mais objetivo e definir melhor as jogadas. Mas não podemos esquecer que vamos jogar na nossa casa.” O capitão Tcheco, que também está contundido, disse o time continuou o mesmo o mesmo sem Lucas. “Falaram que o time cairia de produção sem Lucas. Não sei se não rendeu mais.”