A Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) foi notificada pelo Ministério Público Estadual (MPE) a devolver cerca de R$ 700 mil aos cofres públicos do Estado. Este valor corresponde ao convênio assinado no ano de 2010 entre o governo do Estado na época administrado pelo atual ministro de Agricultura Blairo Maggi, pelo ex-governador Silval Barbosa e o ex-presidente da entidade Carlos Orione, falecido no fim do ano passado. Hoje, a federação é presidida por Aron Dresch.
Com objetivo de alavancar o futebol profissional do Estado, o então governador Blairo Maggi, com aval da Assembleia Legislativa presidida pelo ex-deputado José Riva aprovaram um projeto de lei em que os clubes receberiam ajuda financeira por parte do poder público. Por cinco anos seguidos, o convênio vingou. Desde início, o MPE sempre se posicionou contrário a este tipo de ajuda financeira ao futebol profissional.
Contudo, a prestação de contas de responsabilidade de cada clube que disputava o Mato-grossense da Primeira Divisão deixou a desejar. Órgãos de controle como Tribunal de Contas do Estado (TCE) e MPE detectaram irregularidades no momento da prestação. Vários clubes teriam prestado contas do dinheiro com notas frias, rasuradas e falsas.
De acordo com informações, há uma ‘avalanche’ de notas fiscais adulteradas para comprovar o dinheiro gasto em hospedagens, transporte, alimentação entre outros gastos. Procurado pela reportagem, Aron Dresch afirmou ‘desconhecer’ a notificação para devolução do dinheiro. Preferiu tratar a notícia como ‘fofoca’. Em seguida, reconheceu haver a ação, mas que o problema é de seu antecessor João Carlos.