Os 61 pilotos de moto que terminaram a especial de hoje e chegaram em Salvador têm muito o que comemorar. Foram mais de 4.500 quilômetros de Rally dos Sertões, desde Goiânia, no dia 8, até hoje. Entre diversas histórias e situações, o sentimento é unânime: superação.
“Acho que qualquer um que complete o Sertões pode se dar por vencedor. foi uma experiência inesquecível”, declarou ao site Sportsmotor, Denilson Sela, quarto colocado na categoria production 450cc, que deixou Cuiabá, na condição de único representante de Mato Grosso, para subir ao pódio. É a primeira vez que um piloto do Estado recebe tal premiação.
Um dos exemploé Robert Nahas, piloto de quadriciclo, que caiu, se lesionou, teve problemas mecânicos e ainda assim continuou na prova. Para completar a superação, o piloto foi o mais rápido nas duas últimas especiais do Sertões 2007. “Eu vim para essa prova super preparado, com equipamento excelente e equipe bem estruturada. Quando me machuquei, os médicos do rali me deram a segurança que minha lesão não iria piorar. Se eu conseguisse administrar a dor, poderia continuar na prova, e foi o que fiz”, conta o piloto. “Estou muito feliz de ter chegado em Salvador, e mais ainda em ver a vítória do meu companheiro de equipe”, diz, sobre Maurício Ramos, campeão do Sertões nos quadris.
Em sua terceira participação no Rally dos Sertões, é a primeira vez que o paranaense Walter Bussadori termina a prova. Emocionado, o piloto comemorou muito assim que subiu na rampa de chegada em Salvador. “Só eu sei quanto chorei sozinho nas noites de problema durante esses anos. Hoje chorei de alegria, assim que cheguei em Salvador, foi muita adrenalina. Esse ano deu tudo certo, a moto estava perfeita, o rali foi muito bom. Tenho que agradecer muito aos meus mecânicos e minha família”, comemorou, ainda com os olhos marejados. “Todos têm um sonho, eu acabei de completar o meu”, conclui.
Marieta Moraes chegou cansada em Salvador. “Estou feliz, foi uma aventura de dez dias, conseguir chegar até aqui foi muito difícil. Essa prova passou do meu limite físico, teve dias em que a moto me levou”, conta.
Fabrício Bianchini precisou superar duas barreiras para chegar ao final da prova. Além de toda a dificuldade do rali, o piloto estreou a primeira moto movida por álcool da história do Sertões. “Conseguimos completar todas as etapas. Estou muito contente. Provamos para todos que a moto a álcool funciona, e muito bem. Agora vamos montar todos os relatórios, colocar tudo em dia e fazer essa idéia ir para frente”, afirma.