Gilson Kleina teve sua preparação para o jogo de terça-feira, contra o Avaí, atrapalhada pela informação de Neto, ídolo do Corinthians que hoje é apresentador e comentarista da TV Bandeirantes, de que Vanderlei Luxemburgo já tinha acertado para comandar o Palmeiras em 2014. Mas o próprio técnico do Fluminense entrou em contato com o colega que lidera a Série B para desmentir o ex-jogador.
"O Vanderlei me telefonou, teve todo um comportamento. Falei que ele não precisava ter essa preocupação, mas foi um grande profissional e me fez uma explanação de que seu foco está no Fluminense. Ele me disse que não houve nem contato", relatou Kleina em sua entrevista coletiva nesta sexta-feira, na Academia de Futebol.
O impacto do rumor, porém, está vivo ainda na cabeça de Kleina. A amigos, chegou a falar que "onde há fumaça, há fogo" ao comentar sobre o boato. Ele tem consciência de que não era o preferido de Paulo Nobre quando o presidente assumiu, em janeiro, que teve sua demissão cogitada ao menos duas vezes na temporada e que ainda não faz parte dos planos para 2014.
"Era mais ou menos 13h30, estávamos na concentração e, de repente, o telefone não para de tocar, a mídia vai toda para o hotel", lembrou. "Ficamos preocupados em não gerar uma situação diferente entre o grupo de jogadores, porque nosso ambiente está muito focado. Colocamos naquele momento para eles continuarem tranquilos, pensando no Avaí, mas não tem como, ainda mais com essa mídia que tem o Palmeiras."
O tema do lanche antes da preleção na terça-feira foi a possibilidade da contratação de Luxemburgo. Mas a calma começou a se restabelecer antes mesmo da ligação do possível treinador no centenário. "Recebi um contato da diretoria e foi muito bem esclarecido, com tranquilidade, de que não tinha nada disso", contou Kleina.
O técnico também sente um ambiente de mais confiança em seu trabalho. Após a bronca pública sem dar garantia de renovação a Kleina depois da eliminação na Copa do Brasil, Nobre se afastou das entrevistas e, embora seja admirador de Luxemburgo como o diretor executivo José Carlos Brunoro, vê agora aliados seus no clube mostrando mais aprovação à prorrogação do contrato do treinador, que acaba em 31 de dezembro. Além disso, o nome de Luxemburgo gera alta rejeição entre conselheiros e torcedores.
"O ano que vem é especial por ser centenário, com a lembrança de toda uma história vencedora, treinadores que se perpetuaram com grandes conquistas, e o treinador citado foi vitorioso dentro do Palmeiras, é normal que seja lembrado. Mas não quero ser comparado a nenhum deles porque não vou ser quem são e serei menos do que sou", defendeu-se Kleina.
A postura do técnico, por enquanto, segue a de buscar o acesso à primeira divisão antes de pensar no seu futuro. "Não adianta começar a falar em centenário sendo que a realidade é a Série B e o planejamento ainda é dos jogos que faltam. Temos que trabalhar um dia de cada vez. O Palmeiras precisa estar atento para não mudar o foco", insistiu.