Durante a partida entre Real Garcilaso e Cruzeiro, na estreia do Grupo 5 da Libertadores, com vitória dos peruanos por 2 a 1, o meio-campista Tinga, que entrou na segunda etapa, foi alvo de racismo por parte da torcida local.
Cada vez que o jogador do Cruzeiro recebia a bola e a dominava, uma sonora vaia vinha das arquibancadas, cessando em seguida, assim que outro jogador pegava na bola.
"A gente fica muito chateado, a gente tenta competir, mas fica chateado de acontecer isso em 2014, próximo da gente. Infelizmente aconteceu. Já joguei alguns anos da minha vida na Alemanha e nunca aconteceu isso lá. Aqui, em um país tão próximo, tão cheio de mistura, acontece", declarou à TV Globo Minas.
Tinga foi além e declarou que preferia não ter conquistado nenhum título e viver em um mundo onde todas as raças fossem respeitadas com igualdade.
"Eu queria, se pudesse, não ganhar nada e ganhar esse titulo contra o preconceito, trocava todos os meus títulos pela igualdade em todas as áreas", concluiu.
Presidente do Galo também se revolta – Alexandre Kalil, presidente do Atlético-MG, que estreou ontem com vitória por 1 a 0, usou seu Twitter para demonstrar sua indignação com o ocorrido.
"Racismo na Libertadores?… Me tiraram o prazer da derrota do Cruzeiro. Lamentável!", escreveu o mandatário alvinegro, deixando a rivalidade de lado.
Apoio no Twitter – Ainda nas redes sociais, torcedores de todo o Brasil e do mundo demonstraram seu apoio ao meio-campista cruzeirense com a hashtag #FechadocomOTinga, que chegou a ser a sengunda mais popular do mundo logo após o final da partida.