Na primeira partida contra um adversário de primeira divisão na Copa do Brasil, o Grêmio se saiu bem. Na volta do centroavante Borges, o Tricolor bateu o Avaí por 3 a 1, na partida de ida das oitavas de final. O jogo disputado no Olímpico teve como destaques Jonas, autor de dois gols e a arbitragem.
Um lance desencadeou uma série de fatores que contribuiu para a vitória gremista. O escanteio em que saiu o primeiro gol gaúcho, marcado por Jonas, não ocorreu. Na sequência, Caio, do Avai, reclamou da marcação do bandeira e recebeu cartão vermelho.
Em vantagem no placar e com mais jogadores em campo, o Tricolor partiu em busca de uma vantagem confortável para a segunda partida. Borges e Jonas, outra vez, ampliaram. O Avaí descontou com Robinho.
O confronto de volta ocorre na próxima quarta-feira, 21 de abril, na Ressacada. O Grêmio pode perder por um gol de diferença que avança de fase. Antes disso, no domingo, o Avaí enfrenta o Figueirense na decisão do segundo turno do Campeonato Catarinense.
O jogo – O Grêmio entrou em campo para marcar gols. O Avaí para se defender. No jogo só deu Tricolor. O time de Silas atacava e o de Péricles Chamusca se fechava. Para piorar a situação dos visitantes, quando tinham a posse de bola, acertar três passes era tarefa impossível. Então, o Grêmio atacava e logo tinha a redonda outra vez em seus domínios para voltar a martelar a defesa avaiana.
Leandro passou um mês sem entrar em campo. Enquanto recuperava-se de uma lesão na panturrilha, o jogador pôde ver que Maylson deu uma consistência maior ao time. Pela primeira vez como titular após a parada forçada, o meia-atacante estava elétrico, querendo mostrar o futebol que levou a direção a abrir os cofres para lhe contratar. Movimentando-se bastante, Leandro teve a primeira grande chance, quando cabeceou para o goleiro Zé Carlos realizar uma estilosa ponte, aos 16 minutos.
Se há dois séculos, o italiano Marconi inventou o rádio, na noite de quarta-feira, o bandeira Marconi Vieira inventou um escanteio para o Grêmio. O erro desencadeou uma série de reações, culminando na implosão do Avaí no Olímpico.
Na cobrança, a bola desviada na primeira trave, acertou o poste, no rebote, Jonas tocou para o gol, aos 18 minutos. A consequência do equívoco levou os jogadores do Leão a cercarem o auxiliar. Quando a bola voltaria a rolar, Caio recebeu o cartão vermelho. Sua reação instintiva foi correr novamente até Marconi, causando confusão à beira do campo.
Desesperado, Caio saiu de campo sendo agarrado por um integrante da comissão técnica. "Eu não disse nada. É um roubo. É um safado. Eu não disse nada", esbravejou o jogador, se debatendo em um desespero incontido.
Um homem a menos e um gol de desvantagem era tudo o que o Avaí não precisava. Os espaços apareceram, o Grêmio tocou a bola. Encontrou o buraco. A lacuna foi suficiente para Borges receber na área bola enfiada por Willian Magrão, girar sobre o zagueiro Rafael e marcar após mais de um mês recuperando-se de lesão.
A ordem natural da noite sugeria mais gols do Grêmio. Aos 10 minutos, Jonas combinou com William Magrão, o volante bateu forte, o goleiro espalmou e Jonas, o ponto de partida do lance, marcou mais um, o seu 15º no ano.
O inesperado era um crescimento do Avaí. Ele ocorreu dois minutos depois de ter sofrido o terceiro gol. Após grande defesa de Victor, Robinho descontou. Na sequência, o Leão teve mais duas oportunidades não aproveitadas.
As chances assustaram Silas. Em seguida, o treinador tirou o lateral Edílson para colocar o zagueiro Ozéia. O Tricolor voltou a crescer, mas sem a superioridade do primeiro tempo. Mesmo assim, a grande chance foi gaúcho. Jonas, em uma bomba de primeira, obrigou Zé Carlos a executar espetacular defesa. Nos minutos finais, o Avaí quase diminuiu a diferença, com Rafael chutando para fora de dentro da pequena área. Nos acréscimos, Robinho foi derrubado em cima da linha da grande área, mas a falta foi marcada fora da área.
