Somar pontos nunca é demais, principalmente na Libertadores. Com esse espírito o Grêmio encerrará sua participação na fase de grupos diante do Oriente Petrolero, na Bolívia. Mesmo que a classificação esteja assegurada com uma rodada de antecipação, há o desejo e a necessidade de vitória em Santa Cruz de la Sierra a partir das 22h45 (de Brasília) por dois motivos.
O primeiro é não pensar somente em que posição irá terminar na Chave 2. Conquistar o maior número de pontos possíveis é importante para, na teoria, enfrentar um adversário menos complicado nas oitavas de final.
"Temos que fazer nossa parte e vencer lá, não é nada fácil. Depois a gente tem que torcer pelo tropeço do Junior para ser primeiro. O importante é vencer, mesmo que o Junior vença. Vamos a 13 pontos e da condição de termos um adversário melhor para o Grêmio, temos que fazer nossa parte", comentou de maneira didática o técnico Renato Gaúcho.
Vencendo, o Tricolor será um dos melhores segundos colocados da competição. Se conseguir os três pontos e o Junior de Barranquilla for derrotado ou empatar com o León, a primeira posição será alcançada. Abertamente, não se fala em preferência por adversário nas oitavas, mas evitar argentinos e a altitude são desejáveis.
Outro ponto é não criar um estigma nos jogos como visitantes. Até agora, o time não conseguiu embarcar de volta para Porto Alegre com três pontos na bagagem. São dois empates e uma derrota. Resultados positivos longe do Olímpico foram um problema em um passado recente. Em 2007, sob comando de Mano Menezes, os gaúchos conquistaram somente uma vitória como visitante, logo na estreia, provocando um grande desgaste no elenco nos confrontos eliminatórios. Um par de anos depois, com Paulo Autuori, foram sete meses de trabalho e um singelo triunfo no campo do adversário.
A principal dificuldade para quinta-feira são os problemas físicos. O Grêmio viajou com o que tinha disponível para o confronto diante dos bolivianos. Ao todos seis jogadores inscritos no torneio estão sem condições de disputarem a partida.
O crescimento de Willian Magrão e Leandro nos últimos jogos lhes deram espaço constante nas escalações, mas ambos não estão na lista da Libertadores. Eles são donos das fichas número 1 e 2 para as trocas permitidas na próxima etapa. Nessas vagas entram Adilson e Escudero. Outra ausência significativa é o meia Douglas, fortemente gripado. Seu espaço será ocupado por Vinícius Pacheco.
Sair vencedor do Estádio Ramón Aguilera fortalecerá a mente dos jogadores, o elenco como um todo e a campanha na Libertadores. Mesmo classificado, pontuar é preciso.