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Grêmio encara Caracas hoje e pode assumir liderança na Libertadores

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A morte do presidente Hugo Chávez relativiza a importância de qualquer acontecimento que ocorra na Venezuela para o povo local. Nesta terça, uma partida importantíssima pela Copa Libertadores da América recebe atenção quase nula dos torcedores e da mídia local. Às 21h30, horário de Brasília, o Grêmio visita o Caracas de olho no encaminhamento de sua classificação às oitavas de final do principal torneio de futebol do continente.

Passar despercebido pode ser uma boa vantagem para o time gaúcho. Ao desembarcar na Venezuela, no fim da noite de sábado, o elenco foi recebido por poucos torcedores gaúchos que moram no país. Com duas atuações que chamaram a atenção da América do Sul, o Grêmio goleou Fluminense e o próprio Caracas em seus dois últimos jogos e passou a ser visto como um dos candidatos ao título da Libertadores.

O técnico Vanderlei Luxemburgo manterá a mesma equipe que encantou nos dois últimos jogos. Fora do primeiro turno do Campeonato Gaúcho, o Tricolor teve uma semana livre para apenas treinar visando ao confronto desta terça. Prevendo pressão do Caracas no começo do jogo, Luxa orientou os reservas a adotarem marcação adiantada sobre a saída de bola dos titulares no treino realizado na tarde deste domingo. Um empate já coloca o Grêmio na liderança do Grupo 8, mas o objetivo é o de buscar uma vitória que deixe encaminhada a classificação às oitavas de final. Ganhando, a equipe gaúcha chegaria a nove pontos, contra sete do Fluminense, quatro do Huachipato e apenas três do Caracas. Nas duas últimas rodadas, o time de Luxemburgo recebe os cariocas e visita os chilenos.

Nem o gramado ruim do Estádio Olímpico de la UCV desanima o Grêmio: "Vai ser complicado, mas a gente sabe que quem quer conquistar algo precisa jogar em qualquer tipo de gramado. Sabemos que o gramado não oferece as melhores condições, mas estamos preparados para fazer um grande jogo", prega o lateral-direito Pará, um dos destaques da vitória sobre o Caracas, na semana passada, na Arena, por 4 a 1.

Em 2009, o próprio Grêmio experimentou a dificuldade de jogar no campo do Olímpico venezuelano. Pelas quartas de final daquela Libertadores, a equipe arrancou um empate em 1 a 1 contra o próprio Caracas, em um jogo onde mal pôde trocar passes. O gol gremista veio na bola parada, em cabeceio do lateral Fábio Santos, hoje jogador do Corinthians.

Para o Caracas, o gramado deve ser um aliado. Em Porto Alegre, ainda que a grama da Arena do Grêmio não esteja ainda nas condições ideais, o Grêmio se notabilizou por rápidas e envolventes trocas de passe, que minaram o time venezuelano no jogo. O técnico Ceferino Bencomo deve manter o mesmo time que perdeu em Porto Alegre. Uma vitória recoloca o Caracas na briga. Na próxima rodada, a equipe receberá o Huachipato, na Venezuela

 

 

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