PUBLICIDADE

Gerente do Palmeiras admite que pensou em demitir Felipão, mas elenco “segurou”

PUBLICIDADE

O ex-volante César Sampaio tem pouco tempo no cargo de gerente de futebol do Palmeiras, mas já pensou em tomar atitudes radicais para acabar com a crise no clube. O dirigente explicou que cogitou a demissão do técnico Luiz Felipe Scolari depois da derrota para o Coritiba, mas mudou de ideia por conta de uma conversa com o elenco.

“Eu não estava aqui quando algumas coisas aconteceram, mas a primeira coisa que fiz quando cheguei foi uma reunião com o presidente (Arnaldo Tirone) e o vice (Roberto Frizzo). Depois, a imagem que tive do jogo com o Coritiba foi horrível e senti que precisava fazer alguma coisa, que podia ser a demissão do Luiz Felipe. Se tivesse falta de empenho por alguma diferença com o treinador, o prejudicado seria o Palmeiras”, afirmou.

O dirigente, então, conversou novamente com a diretoria e recebeu o aval para realizar as medidas que julgasse necessárias. Em seguida, César Sampaio falou com o próprio Felipão, que colocou o cargo à disposição sem o pagamento de multa rescisória. Porém, o gerente explica que uma reunião com o plantel o fez manter o pentacampeão.

“Falei para o Luiz Felipe que, se o motivo fosse ele, eu teria que trocá-lo. E ele disse que não queria prejudicar o Palmeiras e que se colocava à disposição, até sem multa. Por isso, fui falar com o grupo, mas eles disseram que não tinham problema nenhum com a comissão técnica”, explicou.
A conversa de Sampaio com o elenco foi antes das reclamações públicas do atacante Kleber ao treinador. Por isso, o gerente de futebol se surpreendeu com as acusações do Gladiador de que o grupo não gosta do técnico.

“A maioria deles nunca esteve em uma crise de time grande, conseguimos entender como a coisa funcionava. O que está vindo à tona é surpresa, porque os próprios atletas não falaram. Tenho autonomia da diretoria para demitir o Luiz Felipe, mas os jogadores não disseram que ele era o problema”, acrescentou.

Apesar de a reunião ter sido sem a presença do técnico, César Sampaio reconhece que os atletas podem ter ficado intimidados com a possibilidade de criticar o chefe para a diretoria, mas entende que a reunião era a grande oportunidade de o grupo resolver seus problemas.

“A posição do grupo foi diferente da do Kleber. Até entendo que muitos não gostem de se expor com medo de retaliação, mas, desde que assumi, estou tentando formar uma identidade do Palmeiras”, afirmou.

Com longa carreira dentro de campo, Sampaio já viu em outros clubes os jogadores contestarem técnicos. “Não participei dessas coisas, mas já vi algumas vezes alguns jogadores se posicionarem contra o treinador e derrubá-lo”, ponderou.

Diante da situação atual, Felipão está mantido por César Sampaio, ainda com contrato vigente até dezembro de 2012. O empenho dos atletas contra o Grêmio deu novo ânimo ao gerente de futebol alviverde.

 

 

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE