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Ferdinando marca e leva Grêmio para a final do Gauchão

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Uma final é poderosa. Ela pode levar um jogador ao abismo em uma falha, mas também pode selar a paz entre um atleta perseguido e seu torcedor. Ferdinando, volante vaiado pela torcida do Grêmio, aproveitou a sua chance para transformar as vaias em aplauso. Foi dele o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Novo Hamburgo, na final do primeiro turno do Campeonato Gaúcho. O título garante o Tricolor na decisão do torneio. O gol dá a Ferdinando um pouco mais de paz para trabalhar.

Seu gol saiu aos 20 minutos. O volante deve ter juntado dentro de si, calado, vaia por vaia que ouviu das arquibancadas do Olímpico nos primeiros jogos do ano. Em um chute potente, com o peso das críticas posto na bola, ele cobrou falta, vencendo a barreira e o goleiro Juninho. Mais que um gol na decisão, Ferdinando levou o Grêmio a uma série de 46 jogos invictos em casa, igualando a marca colorada da década de 70.

Nem mesmo a primeira partida sem sofrer gol do time de Silas no ano poupou o treinador das reclamações dos gremistas. Sem concordar com as substituições e vendo o Novo Hamburgo martelar em busca do gol de empate, o treinador foi chamado de burro no segundo tempo.

Além, do gol, o Grêmio pouco criou durante a partida. Com uma postura bem adiantada em campo, o Anilado conseguiu equilibrar o confronto, porém, não teve qualidade para colocar a bola na rede.

A segunda metade da competição começa na quarta-feira. O Grêmio atuará contra o Avenida, em Santa Cruz do Sul. O Novo Hamburgo também jogará como visitante. O oponente será o Porto Alegre. No segundo turno, os jogos ocorrerem entre equipes do mesmo grupo.

A final – As características esperadas para um jogo no Olímpico eram de um Grêmio pressionando. Isso não ocorreu. Os dois times mostraram propostas de jogo diferentes das imaginadas. O Tricolor queria cadenciar a partida, enquanto o Novo Hamburgo propunha a aceleração. Foi o visitante que começou mais assanhado. Com as equipes atuando de maneiras distintas, tudo ficou truncado nos primeiros 20 minutos.

Nesse período, a bola esteve parada por muito tempo em escanteios, laterais e cobranças de faltas. O Grêmio chegou a marcar aos 10 minutos, com Borges, de cabeça. Porém, sua posição era de impedimento e o gol foi anulado, quando Mário Fernandes, autor do cruzamento, já estava comemorando na pista atlética.

O Anilado explorava o lado esquerdo do campo. Com os alas bem avançados e seus dois meias, conseguia dividir o Grêmio, dificultando a articulação das jogadas do adversário. Durante todo o primeiro tempo, o time de Silas só conseguiu chutar uma vez de dentro da área.

O gol gremista deve ter enchido o técnico gremista de orgulho. Recém chegado ao Olímpico, ele indicou a contratação de Ferdinando, seu homem de confiança no Avaí. As atuações irregulares levaram o volante a ser o principal alvo das vaias da torcida no início de ano. Ferdinando aguentou firme. Seu desabafo surgiu em forma de gol, aos 20 minutos. Em cobrança de falta, o jogador tirou da barreira, em um arremate potente, acertando o canto inferior esquerdo de Juninho.

O Novo Hamburgo não esmoreceu. O Grêmio não assumiu o comando do confronto. Tudo seguiu equilibrado. Victor precisou trabalhar bastante nas bolas áreas. No chão, o goleiro espalmou tiro de longa distância de Márcio Hahn.

Borges, fora o gol anulado, pouco aparecia. O homem-gol da equipe tricolor estava esperando nova chance para marcar. Quando ela apareceu, ele chutou para fora e seu músculo da coxa direita distendeu. Lesionado, a equipe perdeu o centroavante, autor de 11 gols na temporada. No seu lugar entrou William.

Antes da ida ao vestiário, Gustavo Papo subiu alto, mais alto do que Maurício, tocando de cabeça próximo à trave. Os contornos não se modificaram no segundo tempo. Com Rodrigo Mendes em campo, o Novo Hamburgo seguia mais incisivo do que o Grêmio, levando Silas a tirar Jonas e colocar Maylson, recuando ainda mais o seu time.

Do pé de Rodrigo Mendes quase saiu o gol de empate. De longe, a bola foi desviada no meio do caminho, aos 12 minutos. Victor conseguiu salvar com o pé. Na sequência da jogada, Gustavo caiu no chão protestando pênalti em dividida com um defensor gremista.

Mesmo atuando em casa, o Tricolor passou a jogar no erro do oponente. Em duas oportunidades, com Hugo e Maylson, o time ampliou em chutes potentes, mas que saíram.

Os sinais de cansaço começaram a aparecer no Novo Hamburgo, dando cada vez mais espaço para o Grêmio. O ímpeto da equipe da Região Metropolitana não arrefeceu. Gustavo, outra vez por cima, levou vantagem, mas Victor estava lá. Nem mesmo a iminente conquista aliviou a barra de Silas. Quanto tirou o meia Douglas e colocou o volante Adilson, outra vez ele precisou ouvir o coro de "burro, burro".

O Novo Hamburgo forçou até o último apito de Carlos Simon, mas não teve forças para igualar o resultado.

 

 

 

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