Diante do favoritismo escancarado nos dois jogos das finais do Campeonato Paulista, a tarefa do Palmeiras, antes mesmo de a bola rolar às 16h deste domingo no Moisés Lucarelli, é tirar das costas dos atletas a responsabilidade de atropelar a Ponte.
Para o meia Valdivia, a campanha do rival de Campinas já serve de credencial para mostrar que a decisão está em aberto. “A Ponte Preta venceu três vezes o Guaratinguetá, que foi a sensação do campeonato. Mesmo com os desfalques, acredito em um jogo muito duro. É esperar para ver”, disse o chileno.
Dividido entre a decisão do Paulista e a fase de quartas-de-final da Copa do Brasil -na qual pegará o Sport, na quarta, no jogo de volta, em Pernambuco-, o treinador Vanderlei Luxemburgo falou sobre a regularidade dos dois finalistas. “São as equipes que chegaram com mérito. Todo mundo esperava Palmeiras e São Paulo [na decisão], mas isso não foi possível. E a Ponte Preta chegou com autoridade. Agora, a disputa está em aberto, e não vejo vantagem para ninguém.”
Mas, se o treinador não admite estar em uma posição vantajosa por comandar um grande time da capital contra um do interior, Luxemburgo também não admitiu ter contra si um peso pelo fato de o time alviverde vir de uma espera de 12 anos sem ganhar um Estadual.
“Isso não me pertence. Não pertence aos jogadores. Não estávamos aqui nesses 12 anos. Foi a mesma coisa que aconteceu quando o Palmeiras estava 16 anos sem vencer um Paulista e foi campeão contra o Corinthians”, afirmou o treinador.
Com o elenco concentrado em Atibaia desde quinta após o jogo contra Sport, os jogadores agora dizem viver capítulos finais de um torneio esperado. “A gente sente que o torcedor está vivendo esse momento. Nas ruas só se fala disso. A nossa responsabilidade aumenta, e jogador gosta desses momentos”, disse Denílson.
Para o volante Pierre, que retorna após cumprir suspensão, o mais difícil ainda está por vir. “Sei que vamos ter de correr bastante para conseguir o que queremos.”