Da euforia ao clima de tristeza, o Flamengo viu sua situação no Campeonato Brasileiro modificar rapidamente. A última semana foi de comemorações no clube, que teve a estreia do atacante Paolo Guerrero, além da vitória sobre o Internacional por 2 a 1, fora de casa. Mas no domingo, a equipe viveu uma reviravolta e acabou goleada pelo Corinthians, no Maracanã, pelo placar de 3 a 0.
A situação se torna preocupante para um time que flerta com a zona de rebaixamento e que, nesta quarta-feira, tem um jogo decisivo contra o Náutico pela partida de volta da terceira fase da Copa do Brasil. Precisando da vitória, a diretoria não sabe se é válido manter Cristóvão Borges ou dispensar o treinador. Qualquer medida, porém, só será tomada depois do duelo contra os pernambucanos para não tumultuar o ambiente.
A maneira como o Flamengo vem se comportando em campo já faz alta cúpula da diretoria questionar até mesmo o diretor-executivo Rodrigo Caetano, antes unanimidade no clube. O desempenho na derrota para o Corinthians, assim como no clássico com o Vasco, por exemplo, além de tropeços em casa, como a derrota de 2 a 1 para o Figueirense, já fizeram os conselheiros perderem a paciência. Alguns lembram que os triunfos recentes vieram contra o lanterna Joinville e contra um Internacional que divide as suas atenções com a Libertadores.
O presidente Eduardo Bandeira de Mello, em um primeiro momento, é contra a demissão de Cristóvão Borges, pois não quer gerar mais dívidas. Na visão dele, o rendimento do time pode melhorar com Emerson Sheik e Paolo Guerrero. Há quem tente convencê-lo de demitir o treinador e efetivar Jayme de Almeida, atual auxiliar e que dirigiu o time nos dois últimos títulos: o Campeonato Carioca de 2014 e a Copa do Brasil de 2013. A ideia é rebatida pelo presidente, que não pretende "queimar" Jayme, que já teve uma saída conturbada da Gávea no passado e voltou após insistência de Vanderlei Luxemburgo.
Caso Cristóvão seja demitido e Jayme não seja efetivado, nomes como o de Cuca já foram sondados no mercado, mas são caros para a realidade atual. O presidente não pretende gastar um salário muito alto com treinador, já que ainda arca com a rescisão contratual de Luxemburgo.