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De virada, Portuguesa tira Botafogo do G-4 e deixa a lanterna

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No quarto jogo sob o comando de Estevam Soares, a Portuguesa finalmente conseguiu vencer. E com sofrimento. De virada, a equipe conseguiu impor seu jogo no Canindé no segundo tempo e aplicou 3 a 1 sobre o Botafogo, resultado que deixa o clube com 26 pontos, abandonando a lanterna do Campeonato Brasileiro. Já o Botafogo, parado nos 42, deixa a zona de classificação para Libertadores e fica em quinto.
No duelo deste domingo, a postura preocupada da Lusa com sua defesa deu chances ao toque de bola carioca, que resultou no gol de Wellington Paulista aos 42 minutos do primeiro tempo.

No intervalo, a Rubro-verde voltou alterada e empatou aos oito com Fellype Gabriel. Na seqüência, Edno se tornou o nome do jogo marcando em contra-ataques aos 30 e 39 minutos, assegurando o fim do jejum de triunfos lusos que já durava seis jogos.

O jogo – Desesperada por não sofrer gols que complicariam ainda mais a sua situação na tabela, a Portuguesa entrou em campo preocupada com a sua defesa. Estevam Soares armou um time com três volantes e deslocou o meia Edno para fazer companhia a Washington na frente – era a solução para o desfalque de Jonas, suspenso.

Com um time mais sólido, o Botafogo tinha na rápida saída de bola de Túlio, na movimentação de Jorge Henrique e Carlos Alberto e na armação de Lucio Flavio as suas armas para levar a bola até Wellington Paulista. Com esta postura, chegou ao ataque com mais freqüência nos primeiros minutos. O problema, no entanto, era furar a parede rubro-verde à frente do goleiro André Luís.

Diante de uma equipe fechada, os cariocas só poderiam chegar com mais perigo na bola parada. E a Lusa ajudava apelando para muitas faltas. A sorte paulista era que Lucio Flavio não estava nos seus melhores dias e, com a mira descalibrada, pouco incomodou André Luís tanto nas cobranças diretas quanto em cruzamentos. Os zagueiros dos donos da casa também estavam bem pelo alto. E o jogo caminhava sem chances de gol.

Desta maneira, Estevam conseguiu seu primeiro objetivo: arrumar a defesa. Mas o ataque estava prejudicado. A bola pouco chegava aos pés de Washington e Edno porque Preto estava sobrecarregado na função de armador. A solução foi mudar a tática. O estreante Athirson abandonou a lateral-esquerda e subia com constância. Erick foi deslocado para compor com Bruno Rodrigo e Ediglê um trio na zaga protegido por Rai. Quando atacado, o time todo ficava atrás do meio-campo.

Ainda faltava velocidade na frente – Washington e Edno não são rápidos o suficientes para aproveitarem contra-ataques –, mas mesmo assim os mandantes no Canindé criaram boa oportunidade aos 27 minutos após boa troca de passes do meio-campo que deixou Washington livre para entrar na área pela esquerda. O atacante olhou, mirou Edno e cruzou. Longe tanto do companheiro quanto do gol de Castillo.

Apesar da bobeada, os alvinegros estavam longe de serem dominados, e deram o primeiro susto em André Luís aos 29, quando a zaga afastou cobrança de escanteio e Carlos Alberto disparou petardo no rebote. O chute parou em ótima defesa do goleiro. Quatro minutos depois, a Portuguesa respondeu com Rai, que arrematou de fora da área e a bola triscou no travessão.

O duelo estava um pouco mais aberto, e os visitantes começaram a ganhar espaço fazendo prevalecer o seu toque de bola. E, na única vacilada da defesa rubro-verde, o placar foi aberto. Aos 42 minutos, Jorge Henrique, sem ser incomodado, cruzou da esquerda na segunda trave. Carlos Alberto escorou e Wellington Paulista, na pequena área, cabeceou na frente de André Luís para abrir o placar.

O desespero logo atingiu os lusitanos, e quase a vantagem foi ampliada ainda no primeiro tempo. Nos acréscimos, Wellington Paulista aproveitou passe errado para puxar contra-ataque e tabelar com Yúlio. Na velocidade, o volante invadiu a área, limpou Ande Luís, mas não conseguiu acompanhar a bola e, quando a alcançou, já estava na linha de fundo, bem marcado e com a área lotada de rubro-verdes. Estava desperdiçada a chance de matar o jogo antes do intervalo.

Com a necessidade da vitória, Estevam Soares acertou o time. Ganhou mobilidade no meio-campo e a velocidade que faltava no ataque sacando o volante Carlos Alberto e o centroavante Washington para as entradas dos rápidos Vaguinho e Fellype Gabriel, alterações que mudaram o panorama do jogo. A zaga carioca passou a ter muitos problemas com a constante movimentação dos paulistas e aos seis Castillo já teve que fazer ótima defesa em chute de Fellype Gabriel.

Aos nove minutos, o meia-atacante resolveu. Após cobrança de falta da direita, Bruno Rodrigo cabeceou na pequena área em cima de Castillo. No rebote, Fellype Gabriel não perdoou e empatou a partida. No lance, o goleiro botafoguense se machucou e teve de dar lugar ao reserva Renan.

Mesmo em vantagem, a correria das alterações que sanaram as deficiências ofensivas rubro-verdes no primeiro tempo continuava atormentando os visitantes, mas aos poucos o time de Ney Franco começou a subir mais. As armas, porém, eram apenas cruzamentos. E a zaga da Lusa não falhava pelo alto.

Melhor postada em campo, a equipe da casa retomou a postura da primeira etapa, à espera de contra-ataques. Desta vez, no entanto, tinha quem armar e quem receber as bolas em velocidade. E assim chegou à virada. Aos 30 minutos, Vaguinho tocou rápido para Edno. O meia, que virou centroavante no segundo tempo, invadiu a área em posição duvidosa e arrematou com força para fazer um belo gol.

Sem conseguir se encontrar em campo depois do intervalo, o Botafogo partiu para pressão em cima dos paulistas. Os defensores do Canindé não davam chances. Para completar a alegria, Edno, em nova contra-ataque, recebeu a bola na área, driblou Renan e sentenciou aos 39 minutos do segundo tempo a primeira vitória da equipe sob o comando de Estevam Soares.

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