O torcedor cruzeirense que foi ao Mineirão nesta terça-feira, para assistir ao duelo contra os argentinos do Huracán, acompanhou um jogo difícil para a Raposa. O Cruzeiro dominou as ações durante praticamente todo o tempo, mas encontrou muitos problemas para furar o forte bloqueio da defesa do time da Argentina, amargando um empate sem gols dentro do Gigante da Pampulha.
Com o placar de 0 a 0, o Cruzeiro vê os bolivianos do Universitário de Sucre assumirem a liderança do grupo 3 da Libertadores, com quatro pontos. Nesta terça-feira, o time da Bolívia foi até a Venezuela e venceu por 1 a 0 a equipe do Mineiros, deixando a Raposa e também o Huracán com dois pontos na classificação.
O Cruzeiro só volta a campo pela Libertadores no próximo dia 19, quando visita os venezuelanos do Mineiros, mas, antes disso, a equipe vira a página da competição continental e passa a focar o clássico contra o arquirrival Atlético-MG, domingo, no Mineirão, válido pelo Campeonato Mineiro. Já o Huracán vai visitar os bolivianos do Universitário de Sucre no dia 10 deste mês.
O jogo – Atuando em casa, o Cruzeiro iniciou a partida exercendo pressão em cima do Huracán, que, mesmo não sendo um dos grandes da Argentina, procurou controlar o ímpeto celeste, esfriando a partida sempre que possível. Sem a bola, praticamente toda a equipe visitante se posicionava do meio-campo para trás, congestionando o campo defensivo.
Mesmo com problemas para ultrapassar a linha de marcadores do Huracán, o Cruzeiro mostrou tranquilidade para aguardar o momento correto de encaixar as jogadas. O gol da Raposa só não saiu nos primeiros minutos por conta da falta de capricho nas finalizações. Percebendo o esforço do time, a torcida passou a jogar junto com o Cruzeiro.
Com o volante Willians bem na cobertura, o lateral direito Mayke apoiou bastante o ataque, com ótimos cruzamentos, que produziram algumas chances claras de gol. A estratégia do Huracán na partida foi muito bem definida, primeiro se defendendo e só depois pensando em atacar os cruzeirenses.
Com essa postura, o time argentino passou todo o primeiro tempo sem ameaçar a meta do goleiro Fábio. A melhor chance foi aos 23, com Abila desviando cruzamento da esquerda, mas a bola passou sobre o travessão cruzeirense. O time do técnico Marcelo Oliveira mostrou eficiência parar marcar a saída de bola do Huracán, forçando o erro dos argentinos.
A mesma qualidade não foi vista na hora de concluir as jogadas. Os atacantes cruzeirenses demoraram a calibrar a pontaria. A primeira grande defesa do goleiro Giordano só foi vista aos 30 minutos, quando Henrique cabeceou com consciência e obrigou o arqueiro argentino a se esticar todo para evitar a abertura do marcador.
O técnico Marcelo Oliveira resolveu mexer na equipe na volta para o segundo tempo, trocando Willian por Alisson, em clara tentativa de explorar mais os lados do campo. O avante Leandro Damião, que já tinha se movimentado muito na etapa inicial, seguiu procurando jogo e dando opções aos companheiros.
Apesar de o gol teimar em não sair, o Cruzeiro seguiu dominando inteiramente as ações no Gigante da Pampulha. A cada instante a pressão da Raposa aumentava, e os visitantes fizeram de tudo para tentar segurar um pouco a partida, inclusive, abusando de algumas faltas duras.
A tradicional e conhecida ‘cera’ dos argentinos irritou o time do Cruzeiro, que, sem conseguir chegar trocando passes, abusou das bolas levantadas para a área, sem muito sucesso. O Huracán assustou em um único chute de longa distância de Montenegro, e desde o início deixou claro que se contentava com o empate, que foi obtido.