Depois de sair mais uma vez atrás no marcador, o Cruzeiro exorcizou o fantasma dos últimos maus resultados no Mineirão, mostrou sua força, e goleou o Coritiba por 4 a 1, de virada, pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro, mantendo vivas suas chances de classificação à Libertadores de 2010.
Com o resultado, o Cruzeiro foi a 59 pontos, ultrapassou o rival Atlético-MG e terminou a rodada na quinta posição, três pontos atrás do Internacional, quarto colocado. Já o Coritiba, com 44 pontos, ocupa o 16º lugar e continua seriamente ameaçado pelo fantasma do rebaixamento.
Na próxima rodada, o Cruzeiro enfrenta o Santos, na Vila Belmiro e, além da vitória, precisa torcer por tropeços de São Paulo ou Palmeiras para carimbar o passaporte para a Libertadores. O Coritiba, por sua vez, faz um duelo de vida ou morte contra o Fluminense, no Couto Pereira.
O jogo – Com as duas equipes precisando da vitória, a partida começou quente. O Coritiba chegou primeiro, aos sete minutos. Depois de jogada de Marcelinho Paraíba pela esquerda, Thiago Gentil chutou forte de fora da área, mas a bola foi por cima. O Cruzeiro respondeu dois minutos depois, com Jonathan. Dentro da área, ele bateu cruzado e a bola passou rente a trave.
O primeiro gol saiu aos 11 minutos. Marcelinho Paraíba sofreu falta pela esquerda e cobrou forte em direção à área. O zagueiro Jeci se antecipou e desviou para as redes, fazendo 1 a 0 para o Coritiba.
Embalado pelo gol, o Coxa começou a dominar as ações e teve ótima chance para ampliar aos 20 minutos. Renatinho se livrou do marcador e chutou de fora da área. Fábio fez grande defesa. Na cobrança de escanteio, Renatinho soltou outra bomba, mas a bola foi por cima.
Com o Cruzeiro errando muitos passes, principalmente no meio-campo, o técnico Adílson Batista perdeu a paciência. Antes dos 25 minutos, Leandro Lima, que substituía a Gilberto, suspenso, foi substituído por Eliandro e deixou o campo muito irritado, soltando vários palavrões.
Com três atacantes, o time celeste foi com tudo para frente, mesmo que de forma desorganizada. Aos 27 minutos, Eliandro, mostrando seu cartão de visitas, chutou firme e a bola raspou a trave. Aos 32, depois de cruzamento pela direita, Wellington Paulista aparece na área e cabeceia, mas Vanderlei defende firme.
Até os zagueiros do Cruzeiro se arriscavam no ataque. Aos 36 minutos, Cláudio Caçapa chutou de fora da área e a defesa aliviou. Na cobrança do escanteio, Wellington Paulista acertou a bicicleta, mas a zaga tirou de novo.
A pressão era muito grande, mas o gol celeste só veio aos 44 minutos, com boa dose de sorte. Henrique chutou de fora da área, a bola quicou no gramado e enganou o goleiro Vanderlei. Dois minutos depois, Wellington Paulista foi puxado dentro da área, mas o juiz não marcou o pênalti. Desnorteado, o Coxa sofreu a virada aos 48 minutos. Após jogada de Diego Renan pela esquerda, a bola sobrou para Jonathan que chutou forte, no canto direito, fazendo o 2 a 1.
No segundo tempo, o Coritiba veio com mais um atacante, Marcos Aurélio, mas o Cruzeiro praticamente acabou com as chances de reação do rival logo de cara. Aos nove minutos, Thiago Ribeiro invadiu a área e foi derrubado por Luciano Amaral. Desta vez, o juiz assinalou o pênalti. Wellington Paulista cobrou bem e fez 3 a 1, aos 11 minutos.
Com a vantagem no placar, o técnico Adílson Batista tratou de bloquear a principal jogada ofensiva do Coritiba. Tirou Diego Renan e colocou Elicarlos para colar em Marcelinho Paraíba, deslocando Marquinhos Paraná para a lateral esquerda.
A alteração deu certo. O Coritiba sumiu e o Cruzeiro sobrou em campo. Aos 20 minutos, Marquinhos Paraná bateu, mas Vanderlei conseguiu evitar. Entretanto, dois minutos depois, não teve jeito. Após jogada pela direita, Thiago Ribeiro cruzou para a área, no segundo pau, e Eliandro marcou o quarto gol celeste.
O Cruzeiro ainda teve chances de ampliar. Aos 35 minutos, Athirson, que entrara no lugar de Eliandro, teve a chance, mas perdeu, cara a cara com o goleiro Vanderlei. Aos 37 minutos, foi a vez de Thiago Ribeiro errar. O Coritiba só teve mais uma chance, aos 42 minutos, com Thiago Gentil, mas o atacante, praticamente livre, de frente para o gol, mandou a bola por cima.