O Cruzeiro estreou na Libertadores nesta quarta-feira, enfrentando os bolivianos do Universitário de Sucre, no estádio Olímpico Pratia, na cidade de Sucre, e ficou no empate sem gols. Atuando na altitude de 2.800 metros, a Raposa ditou o ritmo do jogo, que foi morno na maior parte do tempo, com relativa superioridade dos celestes.
O resultado de empate deixa o Grupo 3 da Libertadores completamente embolado na classificação. Após a primeira rodada, as quatro equipes somam um ponto, já que Huracán, da Argentina, e Mineiros, da Venezuela, também empataram na estreia. Melhor para o Cruzeiro, que já está livre de jogar na altitude e pontuou fora do Mineirão.
Na sequência da Libertadores, o Cruzeiro vai encarar os argentinos do Huracán no dia 3 de março, no Mineirão, mas, antes disso, a Raposa terá compromisso pelo Campeonato Mineiro, medindo forças contra o Tupi, sábado, em Juiz de Fora. Já o Universitario de Sucre vai visitar os venezuelanos do Mineiros.
O jogo – Atuando na altitude, o Cruzeiro iniciou a partida de forma cautelosa, mas sem ficar excessivamente na defesa. Com isso, a Raposa evitou a pressão da equipe boliviana e manteve relativo controle do confronto, criando, inclusive, mais chances de marcar que o Universitário de Sucre, que mostrou muita vontade, mais pouca técnica.
O maior trunfo da equipe da casa foi sem dúvida os 2.800 metros acima do nível do mar, que atrapalhou um pouco o Cruzeiro. O time de Marcelo Oliveira, porém, mostrou que está em evolução, e já foi possível ver a movimentação dos atletas com mais eficiência. Marquinhos, Willian e Leandro Damião parecem ter se esquecido da altitude e correram bastante.
As melhores chances da equipe de Sucre saíram em lances de bola parada e chutes de longa distância. Aos 19, Cuesta cobrou falta com violência e acertou a trave do goleiro Fábio. Apesar do susto, a estratégia armada pelos celestes funcionou relativamente bem, isso porque, sem a bola, o Cruzeiro conseguiu reduzir os espaços do Universitário, evitando desgaste desnecessário.
Correndo poucos riscos, os visitantes concentraram as ações no setor de meio-campo. A beira do gramado, o técnico Marcelo Oliveira pediu aos comandados que valorizassem a posse de bola, aguardando o momento certo para encaixar a jogada mortal, que não aconteceu na etapa inicial, deixando o placar inalterado.
Nos minutos finais do primeiro tempo, o Universitário de Sucre melhorou na partida e criou boas jogadas, mas não conseguiram vazar o goleiro Fábio. O maior problema do Cruzeiro foi a dificuldade em alguns momentos na transição da defesa para o ataque. O armador uruguaio De Arrascaeta, que teria essa função, foi discreto, pouco participativo do jogo.
Logo na volta para a etapa final, o time brasileiro teve boa chance de abrir os trabalhos com Leandro Damião, que recebeu passe de De Arrascaeta e finalizou cruzado, mas errou o alvo desperdiçando boa oportunidade. Após este lance, os bolivianos resolveram acelerar o ritmo do duelo criando dificuldades para os cruzeirenses.
Aos 12, Castro aproveitou cruzamento da esquerda e obrigou Fábio a se esticar todo para fazer grande defesa. Na sequência, os mineiros tentaram dar a resposta com De Arrascaeta, que fez fila na defesa do Universitário e só foi interceptado na hora do chute. O cenário dos 45 minutos finais mudou pouco, com melhora relativa dos donos da casa e equilíbrio de ações.
Nos instantes finais, o torcedor de Sucre chegou a ter esperanças de vencer o atual Campeão Brasileiro, mas as investidas do Universitário pararam nas mãos do goleiro Fábio. Sentido o cansaço, o Cruzeiro se contentou com o empate, e segurou o placar após a expulsão do atacante camaronês Joel.